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25 de mar. de 2014

Ninguém escreve...


A obra de Gabriel García Márquez é restabelecedora. E "Ninguém escreve ao coronel" não podia deixar de ser um livro ótimo. A descrição dos ambientes e personagens é tão precisa que é fácil entrar no mundo relatado pelo autor.

A fome que o coronel e sua esposa sofrem, o apego e raiva do galo que era de seu filho, somados à doença respiratória da esposa dão o tom no enredo em que a aflição persiste juntamente a uma cumplicidade que se contorna no inusitado. 




O Coronel

Tem 75 anos de idade. "Os ossos das suas mãos estavam cobertos por uma pele brilhante e esticada, manchada de bexigas assim como a pele do pescoço."
"Era um homem seco, de ossos sólidos e articulados que nem com parafuso e porca. Era a vitalidade dos seus olhos que fazia com que não parecesse conservado em formol". Sofre de problemas intestinais em todos os meses de outubro. Muito pobre e sobrevive vendendo os bens que tem em casa. Deposita a sua esperança na carta e no galo. 


A Mulher 

É casada com o Coronel há 40 anos. Sofre com asma, mas é bastante enérgica, quando não tem crises. "Com a sua assombrosa habilidade para compor, cerzir e remendar, ela parecia que tinha descoberto a solução para aguentar a economia doméstica no vazio". 

Agustín 

O único filho do coronel. Foi morto pela polícia em janeiro ao ser apanhado a distribuir propaganda antigovernamental. Era alfaiate e adepto da luta de galos e as apostas que essas lutas envolviam. Deixou como herança aos pais, as suas máquinas de costura e o galo. 


Gabriel José García Márquez nasceu em Aracataca, Colômbia, a 6 de março de 1927. Escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano e considerado um dos autores mais importantes do século 20, ele foi premiado com o Prémio Internacional Neustadt de Literatura em 1972 e o Nobel de Literatura de 1982 pelo conjunto de sua obra, que entre outros livros inclui o aclamado "Cem Anos de Solidão". 

Obra

O enterro do diabo: A revoada (La Hojarasca) (1955)
Maria dos prazeres 
Relato de um náufrago 
A sesta de terça-feira 
Ninguém escreve ao coronel (1961) 
Os funerais da mamãe grande 
Má hora: o veneno da madrugada 
Cem anos de solidão (1967) 
A última viagem do navio fantasma 
Entre amigos 
A incrível e triste história de Cândida Eréndira e sua avó desalmada Um senhor muito velho com umas asas enormes 
Olhos de cão azul 
O outono do Patriarca 
Como contar um conto (1947-1972) 
Crônica de uma morte anunciada (1981) 
Textos do caribe 
Cheiro de goiaba 
O verão feliz da senhora Forbes 
O Amor nos tempos do cólera (1985) 
A aventura de Miguel Littín 
Clandestino no Chile 
O general em seu labirinto 
Doze contos peregrinos (1992) 
Do amor e outros demônios (1994) 
Notícia de um sequestro 
Obra periodística 1: Textos Andinos 
Obra periodística 3: Da Europa e América 
Viver para contar 
Memória de minhas putas tristes 
Obra Jornalística 5: Crónicas, 1961-1984

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