TODO DIA ...É 1 TEXTO NOVO!!!

31 de mar. de 2011

tubarão e volkana

Ontem tive uma conversa muto show com Tubarão e ele citou esta banda:

Volkana

Volkana

E pra quem achava que banda de Heavy Metal feminino só existia em terras distantes, temos um exemplo genuinamente brazuca – diga-se de passagem, pioneiras do Metal feminino por aqui!

A banda teve inicio em Brasília e era formada por Mila Menezes (baixo), Karla Carneiro (guitarra), Ana (bateria) e Eliane (vocal)!


Ana e Eliane não ficaram por muito tempo e foram substituídas por Mariele Loyola (vocal) e Débora (bateria)!

Então, de banda feita e malas prontas, as garotas rumaram para São Paulo, onde gravaram uma demo de duas faixas chamada “Thrash Flowers”, que fez com que o grupo ficasse conhecido e então puderam gravar o primeiro álbum, o “First”, lançado em 1990 (Aliás, Débora saiu da banda nesse meio tempo e então chamaram Sérgio Facci para substituí-la!)!


No segundo disco, “Mindtrips” de 1994, Volkana investe num Thrash mais extremo – E a vocalista Mariele deixa a banda, sendo substituída por Claudia Franca!

Selma Moreira, uma segunda guitarrista, também se juntou ao grupo! Alguns anos depois, a banda acabou! Dizem as línguas que até um tempo atrás as integrantes estavam ensaiando uma possível volta, mas ficou por isso mesmo!

Ouça: “To Die is Not to Die”, “Scratch Noise”, “Pet Sematary” (um ótimo cover dos Ramones), “That’s My Victory”, “Mindtrips”, “Same Old”, “Keep On Trying”.

Volkana [First]


Banda brasileira (Distrito Federal, Brasília), de Thrash Metal.Formada em 1987. Cláudia França (vocal), Karla Carneiro (guitarra), Selma Moreira (guitarra), Mila Menzes (baixo) e Sérgio Facci (bateria).

1991 - FIRST

01. Darkness
02. To Die Is Not To Die
03. Pet Sematary (Ramones cover)
04. That's My Victory
05. Descent To Hell
06. Scratch Noise
07. War? Where My Enemy Lies
08. Silence City
09. Hide
10. Volkanas

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1992 - LIVE AT DAMA XOC

01. War Where My Enemy Lies
02. To Die Is Not To Die
03. Hide
04. Pet Cemetery (Ramones)
05. Darkness
06. Hi Hey Ho! Let´s Go (Ramones)
07. Descent To Hell
08. Volkanas
09. That's My Victory

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1994 - MINDTRIPS

01. Mindtrips
02. Same Old
03. When 2 R 1
04. Off My Back
05. Wake Up
06. Keep On Trying
07. On Your Own
08. Goodbye
09. Living Hell
10. Whole Lotta Love

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Volkana foi umas das bandas líderes do Metal feminino no Brasil. A banda teve seu início em Brasília onde foi fundada em 1987. A sua primeira formação contava com Mila Menezes (baixo), Karla Carneiro (guitarra), Ana (bateria) e Eliane (vocal).

Ana e Eliane não permaneceram por muito tempo na banda e foram substituídas por
Mariele Loyola (vocal) e Débora (bateria) vindas das bandas Detrito Federal e Arte no Escuro.

As garotas então, seguindo os passos do Sepultura e muitas outras bandas, mudaram-se da capital do país para a capital do rock pesado, São Paulo, onde gravaram uma demo de 2 faixas chamada
Thrash Flowers. Esta demo fez a banda ser conhecida e com isso puderam gravar seu primeiro álbum chamado First em 1990 lançado pelo Studio Eldorado.

Karla Carneiro (Guitarra)
Marielle Loyola (Vocal)


Mila Menezes (Baixo)
Sergio Facci (Bateria)
Antes de gravar o álbum First o grupo teve sérios problemas para encontrar uma baterista. Débora deixou a banda e Pat da banda Ozone esteve na bateria por um curto período.



Para a gravação, elas chamaram
Sérgio Facci da recém acabada banda Vodu. Sergio não aparece na foto da capa do álbum First por não ser considerado, neste período, membro efetivo da banda e, à título de crédito, uma pequena foto dele é colocada no encarte deste álbum (foto à direita).
Este vinyl não foi lançado em CD no Brasil mas, curiosamente, foi lançado em USA, com uma capa diferente, através da gravadora Moving Targets. Isto mostrava que a banda já estava tornando-se conhecida, mas ainda existiam problemas. Como não conseguiram encontrar uma baterista, ele acabou se tornando membro oficial da banda. Aliás, depois de tocarem com um baterista do nível do Sergio Facci seria realmente difícil adaptarem-se à outro/a.
First
(US Version, 1991)

O som da Volkana à princípio poderia ser classificado como Thrash Metal mas após uma audição mais atenta percebe-se que as influências vão mais além. O uso do vocal Hap está presente em algumas faixas e a devoção pela seminar banda punk Ramones é evidente. A música Pet Cemetery tornou-se um cover obrigatório em todos os shows.
A vocalista Marielle deixou a banda, sendo substituída por Cláudia Franca e uma segunda guitarrista juntou-se à banda, Selma Moreira. No segundo álbum Mindtrips de 1994, elas tocam um Thrash mais extremo com algumas influências dos anos 90. Alguns anos depois a banda acabou.

Fui informado que Volkana está planejando um retorno para uma série de show. Marielle Loyola está com um projeto muito interessante chamado Cores D Flores.

Mindtrips (LP 1994) CD
Flammea Demos
(split bootleg, 2002) LP

Selma mudou-se para os EUA e, dizem, ainda está tocando. As garotas também tocaram muitas vezes na TV. No ano de 2002 foi relançado as 2 faixas da demo do Volkana junto com a demo de outra banda feminina, FLAMMEA num LP! O som está bom e a quantidade de cópias prensadas parece ser bem pequena!

Numa das minhas visitas ao Brasil, em São Paulo, fui como convidado da banda Korzus assistir o show deles na casa de shows chamada Dama Xoc. Quem abriu o espetáculo foi a banda Volkana.

Na época eu possuia um gravador digital portátil (DAT) e, levei-o com a intenção de gravar o show do Korzus. Entretanto, esta noite não foi uma noite muito boa para a banda que não conseguiu acertar o som das duas guitarras.
A gravação ficou muito ruim. Como eu tinha várias fitas, aproveitei e gravei a banda de abertura e, já que estava também com minha câmera fotográfica, aproveitei para tirar umas fotos . Neste show a formação da banda contou com Karla Carneiro (Guitarra) Marielle Loyola (Vocal), Mila Menezes (Baixo) e Sergio Facci (Bateria). Ficou claro que, esta noite, foi a noite da Volkana. O som das meninas foi brutal e competente e o Sergio deu um show de bateria. O técnico de som merece menção honrosa pela eficiência no tratamento do vocal da Marielle e também pela qualidade na microfonação estéreo da bateria.

Aqui em Londres, dei um tratamento caprichado nas gravações. O resultado, pode ser ouvido aqui neste site . Escutem este material e sintam o poder de fogo desta banda poderosa! Há! Tem mais! Se não bastasse tudo isto, editei um vídeo exclusivo para a música That's My Victory.



Jornal do Estado/Bemparaná

A banda “de mulheres” fez história como pioneira no mundo masculino no thrash metal

Adriane Perin

– Quero que cantem nosso som, refrão e tudo mais.
– Pode deixar, vão cantar.
– Peso vai ser inevitável (risos).
– Vamor tentar fazer algo que nunca fizemos.
– Com a mesma raça, peso e fúria.
– Hoje o lance é postura no palco, nem tanto agitar.
– Postura sempre foi tudo.
– Nós já temos moral, Marielle. Só falta voltar.

O diálogo acima é um pedaço de conversa no msn entre a curitibana Marielle Loyola, cantora e compositora e Mila Menezes, gerente de loja de instrumentos. Marielle é conhecida aqui pelos dez anos com a banda Cores d Flores, que está com disco novinho, Paixão. Mila foi a baixista da brasiliense Volkana, quarta formação musical de Marielle, que deixou seu nome cravado na música brasileira como pioneira do thrash metal feito por mulheres, no Brasil. É verdade que tinha um homem entre elas, o baterista Sérgio Facci, mas foi como “uma banda de garotas” chegadas num som pesado que elas ficaram conhecidas.

A razão do encontro on line é uma boa notícia: está confirmadíssima a volta com a formação considerada clássica – as duas e Renata (guiarra), Sérgio Facci (bateria) e Karla Carneiro (guitarra). Dia 19 é o primeiro ensaio. O repertório deve ter músicas dos dois discos – First, de 1991 pela Eldorado, com Marielle, e Mind Trips, com outra vocal). Na conversa on line Mila pergunta se Marielle cantaria o segundo disco, com vocais bem diferentes dos seus. “Eu canto, pode deixar”, foi a pronta resposta bem ao estilo dela. “Mas temos que inicialmente voltar muito más (risos). E depois vamos nos adequando ao mercado... que está a nossa espera”, completou a curitibana, quem sabe lembrando a sensação de ver do palco, a marmanjada silenciada diante da potência sonora que as minas-thrash, inesperadamente pra eles, produziam.

Ela ficou cinco anos na Volkana e tem no currículo também Arte no Escuro (lançou vinil homônimo em 1988 pela EMI) e Escola de Escândalo (gravou coletânea Rumores), ambas da fase de “nova geração” do rock de Brasília - aquela que veio logo depois que a turma da Colina trouxe outras texturas e densidades ao rock brasileiro.

É neste clima empolgado que estão, e ja com uma produtora, a Magma, marcando shows. Marielle adianta que embora ainda não esteja confirmadíssimo, “vai ser no festival Porão do Rock a nossa volta. Tem que ser somos de Brasília”. Esse retorno, conta a baixista, tem tudo a ver com os fãs. “No Orkut chovem pedidos”. Daí veio o convite para o Virada Cultural em Sampa. Era o que faltava, mas elas não querem nada às pressas. “Quando todos toparam resolvemos deixar a coisa maior e melhor”, diz Mila, completando que tudo rolou nos últimos dois meses. Até então, cada um estava tocando sua vida. “Mas essa mesma vida nos leva a voltar a batalhar pelo nosso sonho, que foi o Volkana”, assegura a baixista. Nesse tempo, Renata e Sergio seguiram tocando de forma paralela aos trabalhos formais. Mila e Karla se mantiveram perto da música. “Resolvi me refazer, cuidar do meu filho, me reconstruir como pessoa”, diz Mila.

História — Mariele esteve no Volkana por quase cinco anos. Com a banda saiu de Brasília, junto com Mila, Karla e Débora. Débora acabou cedendo lugar para vários bateristas “legais, mas sem a pressão dela”. “Lançamos a Roberta, que a Claydermam, dos Titãs Branco Mello e Sérgio Brito, levaram quando a viram em nosso ensaio”, lembra Mariele.

Até que surgiu Serginho, da banda Vodu. “Ele tava sempre por perto, pedimos pra fazer uns shows com a gente e ele foi ficando. Virou peça importante”, lembra a curitibana, não dispensando a chance de pagar uma. “No começo o pessoal achava que era uma guria também. Ele ficava puto da cara, mas a gente se divertia”. Ela lembra ainda a Volkana Selminha, guitarra -solo “roubada” pelo guitarrista do Creator.

O último show de Marielle foi no Aeroanta em 94 depois de shows por todo o pais e pouco antes dela voltar a Curitiba e criar, junto com o então marido, Marco Mackoy, o Cores. Casamento, filha, irmão doente cansaço e o desejo de cantar em português. Tudo isso contribuiu para ela querer dar um tempo.

E o Cores como fica, em pleno lançamento de disco? “Bom, Cores é minha alma. Volkana é meu lado ‘sangue no zoio’”, explica e emenda, empolgada. “Sempre fui uma metaleira completa”, diz ela que vai botar lenha pra sua ex- ex-banda assumir a língua pátria também.

Slow da bf e Antonio Celso Barbieri

30 de mar. de 2011

MALUQUINHO BOLSONARO DA SILVA!!

Jair Bolsonaro

Para onde estamos caminhando?

Segunda-feira, dia 28 de março de 2011, dia esse que muitos brasileiros gostariam de não terem ligado seus televisores para assistir as manifestações reacionárias de um polêmico Deputado Federal chamado Jair Bolsonaro em um programa de TV.

Primeiramente, gostaria de entender o que leva um Partido Político (PP) que segundo os mesmos, visam edificar uma sociedade mais solidária, participativa e democrática (não poupando esforços para a eliminação das desigualdades e de todas as mazelas que assombram a população brasileira em sua grande maioria), a abraçar um homem que tem sido eleito nos últimos anos, defendendo idéias que em nada se aplicam no que entendemos como “Leis básicas e universais de convivência entre os indivíduos”, que se resume em sabermos lidar com as mais distintas manifestações de pontos de vista, escolhas e segmentos de vida, já que o mundo e as relações sociais desenvolvidas no mesmo através da diversidade que nos envolve, não podem ser analisados como uma equação matemática, como se existissem fórmulas para entendermos e concluirmos aquilo que faz parte da existência humana.

Em sua entrevista, o Deputado Federal Jair Bolsonaro teve a infelicidade de explicitar o seu total desconhecimento a respeito do que entendemos como princípios de alteridade, respeito às diferenças, educação e família. É demasiadamente triste, termos que lidar com o fato de que somos representados por um homem que ao invés de desenvolver idéias que atendam as necessidades do povo como um todo, defende e endossa o coro dos simpatizantes de idéias contrárias à evolução social e política.

É importante destacar que durante o regime conhecido como Ditadura Militar vivido no Brasil, toda manifestação contrária à ordem estabelecida pelos militares era vista como propagação da desordem, já que o Estado não legitimava qualquer organização ou partido que questionasse o poder vigente. Os envolvidos eram cruelmente torturados com técnicas importadas, sendo mortos em muitas das oportunidades simplesmente por discordar da maneira que o país estava sendo conduzido. Ou seja, uma pessoa esclarecida como acredito que deveria ser um Deputado, jamais poderia bater palmas para um modelo sócio-político autoritário que só atrasou os processos de desenvolvimento do nosso país.

Não satisfeito em propagar seus argumentos falaciosos, o mesmo demonstrou que precisa urgentemente rever seus conceitos a respeito de como a homossexualidade deve ser encarada dentro da esfera familiar, já que a mesma em nada tem haver com boa educação, com a presença da figura paterna, com maus costumes e muito menos com a idéia da falta de crença em Deus, tendo em vista que as manifestações de fé independem da opção sexual que os indivíduos adotam para si.


O que tem causado mais espanto e burburinhos nesse último dia posterior a exibição da entrevista, foi à declaração do Deputado após ser perguntado pela atriz e cantora Preta Gil, “o que o mesmo faria se seu filho se apaixonasse por uma negra?”.

Respondendo que não discutiria esse caso por se tratar de promiscuidade, levando-nos a acreditar que o parlamentar adere à consolidação de um pensamento extremamente preconceituoso, promovendo a distinção das tantas etnias que compõem a nossa rica cultura brasileira. Embora o deputado tenha divulgado na última terça-feira uma nota, numa tentativa frustrada de amenizar suas infelizes declarações, afirmando que entendeu a pergunta de maneira errada e que se referiu as relações homossexuais, é interessante lembrarmos que mais uma vez o mesmo se excedeu, já que a homossexualidade está presente no mundo animal no qual todos fazemos parte e que em nada tem haver com promiscuidade.

Tendo em vista todos esses acontecimentos desagradáveis que ultimamente tem feito parte de uma constante entre os nossos representantes nas Câmaras e Assembléias, acredito que está mais que na hora de sabermos escolher os nossos líderes. Que devemos acompanhar as ações desses homens públicos mais de perto. Que devemos estar abertos ao novo e rever nossos conceitos a respeito do que desconhecemos. Que devemos ter ciência de que não existe apenas um único modelo de felicidade. E que esse longo processo que é viver, transcende as mais distintas teorias formuladas por nós seres humanos, levando-nos a sempre lançar um novo olhar a respeito de tudo àquilo que nos cerca.



Agora sou eu que pergunto. Para onde estamos caminhando?



Patrícia Bomfim Calixto Nery Comentário de Patrícia Bomfim Calixto Nery

Sabe o que mais me abala com isso tudo?! É saber que nas próximas eleições ele vai se candidatar, e novamente receberá a mesma quantidade de votos, se não mais. A partir do momento que o povo parar de levar questões tão sérias como brincadeira, e perceber que ele, assim como a maioria, só anda no meio de pobres, negros, gays e membros da classe baixa para conseguirem cada vez mais votos, aí sim posso dizer que um dia teremos mudanças. Enquanto cada um só olhar o seu lado, esquecendo que não vivemos sozinhos na sociedade, vai continuar vindo esses políticos nojentos assumindo a voz do povo.

Muito me admira que ainda exista gente quendo defendê-lo após essas declarações. Se pensarmos direitinho, é esse mesmo tipinho de gente que vive agredindo os outros na rua pelo simples fato de serem diferente. Seja diferença por raça, estilo, opção sexual... Estou cansada de ver sendo tratado com a maior impunidade essas pessoas preconceituosas que andam pelos meios socias, e que não se envergonham do que fazem. Se esse foi o Brasil que você quis ver quando votou nun político, parabéns. Porém se assim como eu vocês estão indignados, vamos começar a ter um pouco mais de coinciência antes dos nossos votos. Apesar de muitos fazerem parecer assim, eleições são coisas sérias sim, popis é naquela urna que decidimos o nosso futuro, e acredito que ninguém quer passar por isso mais uma vez!!! #ficadica

NeGah nInHa ~ Chคяℓℓєя Giяℓ Comentário de NeGah nInHa ~ Chคяℓℓєя Giяℓ
Infelizemente são esses nossos governantes, pessoas que tinham que nos representar e não nos julgar..... não exponho aqui o que realmente estou pensando no momento para não descer o nivel da discussãoO... pois, fico muito IRRITADA com esse tipo de atitude.... além de triste por ter que assumir que o preconceito ainda existe, ele é muito forte.... e não temos noção de quando realmente vai acabar e se vai acabar!
Pedro Oliveira Comentário de Pedro Oliveira
Mas ctz esse quadro vai mudar... nós jovens estamos mudando esse Brasil com nossas ferramentas VIRTUAIS. Vamos nessa Galera.
Marcelo Pontual Comentário de Marcelo Pontual
Imbecis preconceituosos estão por toda parte, mas estas pessoas jamais deveriam ocupar cargo em que foram escolhidos por voto popular, pq assim caracteriza que seu eleitores compartilham do seu pensamento, tornando-se assim um câncer para nossa sociedade. Inacreditável que no ano de 2011 ainda estamos discutindo opniões preconceituosas e pertubadas de um homem que não deveria estar vivendo em sociedade e sim e tendo acompanhamento psiquiátrico pelo resto da sua infeliz vida. Sem mais.
Carol Santana Comentário de Carol Santana

Completa indignação por vê que cada dia mais as coisas tem piorado em nosso país. Situações como esta me faz lembrar o fato de que o Bolsonaro é representante de uma parcela significativa da sociedade que pensa como ele.
Prega-se a liberdade de expressão, respeito as diferenças e tudo mais, porém o que ainda hoje temos e em maior escala do que imaginamos são seres como este aí, que nem sei como defini-lo. O referido deputado, já está em seu 6° mandato, sempre polêmico, sempre apoiando causas que uma maioria abomina e no entanto continua aí, no poder público.
Partidos Políticos atuam em interesses próprios, não dando a mínima pra quem será "o eleito", se elegendo é o que importa.
Bolsonaro só mostra que tem o respaldo dessa malta preconceituosa que está em toda parte!

Mas enfim... Povo tem o que merece e ele é mais uma prova!!!

Rômulo Pereira Comentário de Rômulo Pereira
Perfeitas as suas palavras meu brother!!

GIRL


Não é pouco não! O esforço que fazemos aqui no Zine00 e no texto novo para honrar as mulheres, todos os anos, é sempre no mesmo grau muitos vivas às B.Girls, muitos vivas às mulheres!!!

Tudo bem, vou concordar: ainda é pouco. Esse negócio de "viva" não convence ninguém.


AS B GIRLS TÃO EM CASA!!!






Se fosse produzir um show só pra Elas - chamava a Resistência Feminina para mostrar colé o da palavra mulher, com a MC Re.Fem. quebrando tudo pra cima da macharada!


Vale um fraseado que o B.Boy Stal sempre usa:

"Qual seu sonho, seu plano, qual seu compromisso? Me diz! Mais 500 anos omisso ou 10 mil anos feliz?!? Se não for pelos planos que temos, por que nos movemos?"

[ _ Zé Bolinho - CLAM/SG _ ] [click!]¬









B.Girlz? A gente nunca esquece... Na primeira vez, quando esse B.Boy Press ainda era virgem, fizemos um painel apaixonado, muito bonito - que emocionou várias! Da segunda vez o dia das Mulheres/2010 foi dedicado ao estudo da dança. Isso pra B.Boy? não. B.Boy não estuda negócio de dança que nada: treina, e é só. E acaba sendo "isso" que elas aprendem: b.boyzismo.






Reparei numa das B.Girls que ela estava dançando bem, mas parecia um rapazinho... e que as mulheres não precisam travar movimentos, pois não vão "virar gay" - é mulher, não é?

Liberdade de movimentos, com direitos a dar suas "reboladinhas", com direito de ser doce e sensualmente feminina. (Pesquisei, catei vídeo da B.Girl Asia One, mas não achei diferença. Aliás: a B.Girl Bibi, da Street Braekers! Confere lá!)





Daí seria a pauta básica: são criadas para a vida no lar (fogão, lavar roupas, cuidar da beleza e dos filhos); com pouca participação (nos esportes, nos movimentos culturais, até em roda de poesia elas são minoria); e os casamentos suspeitos: engravidam de mãe-solteira ou apanham dos maridos bêbados. Reverter isso é a meta. Bom, isso é pauta geral.

De B.Girl? Talvez a liberdade de movimentos - coisa pouco falada. Sou bem atrasado quanto a isso: Poeta Xandu das cavernas. E o B.Boy é machista mermo, é gangueiro desde a origem. O homem brasileiro? liberado? Nem pensar! A piada do Paulo Silvino pesa na TV: "isso é uma bichoooona!"








Bom... as B.Girls não são umas bichonas. Podem ser sensuais, podem se mostrar fêmeas - apesar de que o povo está pronto pra falar muito. Vagabundo resume rápido: ou é puta, ou é sapatão. E a sociedade do futuro? - vai pro saco.



Aliás... Passou da quinta série, num passou? Pois é: sexualidade é assunto particular, de cada um, cada uma. + respeito é preciso.

Depois vê aê um caso crítico contado pelo Poeta Deley.

[ _ Leia: Poeta Deley _ ] [click!]¬


De volta ao baile. O baile funk, baile de galera, é filho do Miame Bass, a batida criada pelo Afrilka Bambata e turbinada nas vozes do 2 Live Crew, com as pornografias que contagiaram o Sul dos EUA. A camisa é florida, o som é hipnótico, balança a bundinha - era o "baile funk" desde o início. Isso é o carna-black do povo.











Nos anos 80, entrou essa de "falar mal do Brasil". Forró? é coisa de "paraíba". Samba? coisa de "crioulo"... Samba é ritmo pra dançar mais chegadinho, no rebolation... que pulou pro baile funk. A classe média pegou o individualismo dos gringos, e sabe se justificar - arranjou outras modas "de Londres" e acrescentou nessa categoria racista o bailão da galera. Porque julgava saber das técnicas: a fala doce de Don Ruan - pit-bull´zou as boites. Deu tiro no pé, acabou com as nights. Até que o bailão contaminou a zona sul do Rio, de catar as artistas da TV pra cair no funk. O Rio virou Funk-Brasil.


Sexo e violência no mais puro comercial: tem que ter pegada de animal! Pra pegar "mulézinha"? - cata ela, faz de bad boy, puxa pelo cabelo, sai beijando. Ó o tamanho delas: bem "inha" na boca do povo. O John Lenon (Beatles, lembra?) tem uma música que fala: "a mulher é o negro do mundo".














O Hip Hop? É herdeiro ou não é? É herdeiro do funk music? claro que é. No popular muita gente desconhece que existem variações - uma parte é festa mesmo, e a outra? é expressão das lutas. Daí, lá em Caxias nos anos 70, era "balanço" (como chamavam o Soul/Funk) pelo respeito ao povo negro, no James Brown: "gritem alto: estou orgulhoso de ser negão!" Muitos dos bailes das antigas, baile de orquestra mesmo (anos 50), no meio do salão tinha uma linha: os branco prum lado, "os criolo" pro outro. Brasil?! é de racismo não... só é.



DJ Paulinho Black Power fez muito clube e Esquina do Funk no Irajá. Ainda antes de ser da equipe Black Power, formava nas Reú dos Black´s de Duque de Caxias nos 70. B.Boy Bala Machine bem curte o estilo. E o Poeta Xandu já marcou de ir: retrô das festas VooDoo/Soul Baby Soul, iss´aê! Muito stance, ó só as lembranças do DJ Paulinho:

"sempre todos os sábados, reunião dos Black’s para discutir sobre músicas, discotecários, equipes que melhor se apresentavam etc... Detalhe: Essas reuniões rolavam e os participantes sempre se vestiam no maior estilo Black, usando chapéu, óculos escuros, bengalas, blaser, sapatos com dois e três andares. A Praça de Duque de Caxias ficava repleta de gente e parecia até que você estava no Harlem!!"


Mas o HIP HOP é original do Bronx/NYC, que sempre foi generoso para todas as cores, raças. Hip Hop pelos guetos unidos. Então geral fala que faz, mas na real ainda é "pegada de animal". Fala mal dos bailes, da violência, das danças cachorronas - mas no fundo bem que gosta e faz. (claro, Poeta Xandu exagera)


Nas rodas de break é raro o B.Boy saber ensinar. Um certo orgulho manda vagabundo se virar: aprende aê, dá seu jeito! Justiça: existe uma corrente que valoriza o coletivismo - vamos aprender juntos! de boom-box na praça! São amigos, mas quando entra mulher, amigo acaba. E passa a ser assim: os "zóião nela", "taradão" pra se dar bem. Se ela topa, até vira namorada. Se ela gosta, tudo bem, os dois gostam.



Só que parece o corte no cabelo do Sansão - perde a força. Costuma não continuar com o B.Girlism, deixa de ser B.Girl. Será ex-B.Girl, ou a "namorada do b.boy" fulano. É isso mesmo mulherada? Mulher submissa? Só que o "papai" vai querer saber quem somar com a mina barriguda, saber quem vai cuidar do netinho dele... Mãe solteira é barra.


De cultura, no popular, o samba nunca morreu, nem o forró. No popular também vingou o Hip Hop. Começou através do "baile funk", baile de galera, que era cheio de variações: tinha o eletro-funk pra galera do Break, o R&B na hora do passinho Charme, as lentas na hora do Rala-Rala e o Miame na parte "pancadão". Nessa entrou o "trenzinho", a gravidez precoce, a AIDS... Sexualmente bom... Um perigo danado. Quem não arruma ninguém, em baile de clube: porrada de corredor. Senão, esperava lá fora pra saber quem é quem. Ôu loucura baile funk, coisa lôca! - e o Hip Hop pulou fora!

B.Boying é dança de presença, tiração de onda e troca de energia. É isso? Seilá. Parece. Isso exige das B.Girlz uma postura de moleca, pessoa viva, com disposição para brincar disso. E saber se impor... Pros macho num crescer e formar clubinho separado, estilo futebol.

O B.Boy ganha pontos no Discovery Chanel, Animal Planet: quando o passarinho macho é que faz a emplumada "dança do acasalamento". Homem é tudo animal mermo. Não tem boa convivência com as minas. Nos EUA, futebol é coisa "pra mulher" - separado tb. Só que... a cabeça comanda: se ELE quiser, se Ela quiser, vamos conseguir fazer um outro futuro - é questão de ATITUDE pra Homem e pra Mulher. Formar uma B.Girl de verdade é um DEVER DE TOD@S!

O Hip Hop? É herdeiro ou não é? É herdeiro do funk music? claro que é. Por isso muito do RAP é violento, gangueiro, machista, esculacho nas minas. Mas essa é uma parte, porque a outra é pela consciência, pela cultura negra, empenho pelas transformações sociais. É esse Hip Hop que a gente quer separar do RAP comercial. Sexo, drogas e violência - é o que vende. Liberdade? Respeito? ninguém vende - é conquista. Para uma B.Girl: vale o nosso incentivo, também vale o esforço de vocês próprias - sacou? Então é isso B.Girlz!!



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B.Girl Angelmina e B.Girl Azumi - são blogueiras, pra falar de Breaking, de uma visão feminina sobre isso, comentar sobre B.Girl Miwa, Fab e outras raínhas!



B.Girl Angelmina - faz parte da K4F's crew (Salvador - Bahía), estuda dança na Universidade Federal da Bahia, é B.Girl além de estudar outras técnicas como dançarina profissional. Essa mina é fera - e forma na banca dos contatos do Zine00! Muito orgulho!

"A Dança é uma atitude política acima de tudo, porque você dança a sua expressão de vida"

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RAP de Saia

- Parte 1 -


Ou... Assista na Telona:
Rap de Saia - Parte 1 (Clicaqui!)



RAP de Saia

- Parte 2 -


Ou... Assista na Telona:
Rap de Saia - Parte 2 (Clicaqui!)




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Festival de Hip-Hop Feminino - No palco principal, serão as apresentações da B.Girlz ArtCulando, MC Yzalú e MC Sharylaine, DJ Simone, Elisa Shalak no spray-art. Em batalha, já são outras: Dafina, Dena Hill, Mahins, Mara Onija, Mistura Negrasim, Katiara, Odisséia das Flores, Tarja Preta.


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Divas Tape - Mixtape do DJ Madruga, com tema no RAP, na voz e no discurso feminino. Várias mulheres de primeira! Segundo o DJ: "o trabalho e a vida da mulher devem ser valorizados todos os dias;...;lembrar que o rap não vive só do universo masculino".


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FaB*Girl é B.Girl fundamental para o Breaking brasileiro - Hoje? é ELA. Amanhã? pode ser você! e queremos muito + !! Pavão, do H2 Fora do Eixo - entrevistou a FaB*Girl, da BSB.Girl crew!

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B.Girl - The Movie

Trecho da entrevista com o elenco de B.Girls do filme "B.Girl - The Movie". Foi publicada no site de modas góticas Mookychick, sob permissão da revista "World Wide Dance UK" (Londres/Inglaterra). No Zine00: além de não ter sido autorizado, traduzi do jeito que achei melhor. rsss. Sorrry! Tomara q isso num dê em nada.

Emily: - O filme é sobre Hip Hop, mas não tem nada a ver com grana - são temas do cotidiano, da comunidade.

- Enfrentamos o poder da mídia, como nas revistas "Source", na revista "Jointz", que mostram aquele lado do Hip Hop "grana", Hip Hop machão, safadão, carrão - totalmente enganado sobre o que é o Hip Hop. Mas também vemos alguns trabalhando para mudar isso - então não odiamos as revistas totalmente.

Elizabeth: - Nossa principal influência foi The Sisterz of the Underground, uma crew só de B.Girl, que conhecemos no evento "San Fran Mission Street Fair" - e amamos aquilo!

Emily: - Existe uma força feminina que está crescendo no Hip Hop, tanto em B.Girls como nos outros elementos. As mulheres ainda são minoria, no Hip Hop, nas cyphers, as B.Girls cercadas por pelo menos 75% de macho. Então, essa pressão exige mais em força, nossa força em mostrar qualidades.

sites:
[ _ World Wide Dance UK _ ] [click!]¬

[ _ Mookychick _ ] [click!]¬

[ _ B.Girl - The Movie _ ] [click!]¬



B.Girl - The Movie

o filme das B.Girlz



Sisterz of the Underground (SOTU)

SOTU - comunidade criada e voltada para mulheres que optaram pelo Hip Hop como forma de expressão.
É um coletivo de Hip-Hop, com objetivo em encorajar a integração dos 4 elementos, como ferramenta de educação e transformação social, além de dar suporte em mostras de arte H2, com sede na baía de San Francisco (CA /US).
Integantes: Traci P.; Michelle Kolnik; Smalls; Marina Stankov-Hodge; Aplus ECK; Bina Contreras; Be ee ean; Lady Fingaz.





MC Slow da BF é nosso! Mas também é delas! (que a bela Psiquê não me ouça...) Na baixada, ele fecha com a Associação das Mulheres do Jardim Leal, em Duque de Caxias. E na Frente Nacional Mulheres no Hip Hop (Redeh/Unifem) não faz por menos. Participa das palestras, sabe tudo sobre o universo feminino, em Violencia Domestica, Lei Maria da Penha, valorização da Mulher Negra! Até porque, pra quem circula nas onze, precisa estar atento: ELAS marcam em cmima, justinho ali!

A FNMH2 é encontro anual, banca que reúne importantes nomes do Hip Hop nacional: Lunna (Portal Mulheres no Hip Hop), Negra Rô, Rúbia do RPW, Negre Soul, Atitude Feminina, Hannah Lima, Coletivo CDF, DJ Simone etc. etc.. Resultou, entre outras coisas, nesse CD com as bases do DJ Fábio ACM, onde Slow da BF fecha com a banca forte: Dudu de Morro Agudo, Leo da 13, Chiba, Kmkz, Shock, Bj, Wf, Airá, Zovão, Edi MC, Cacau, Mr. Boca.



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Sweet Sweetbacks BadasSSsS Song - filme clássico da Era Sex-Ploitation, que no fim de 60 explodiu, fazendo cinema barato, mostrando a cena das ruas. Melvin Van Pebble rodou esse filme com custos mínimos, mas ganhou fama (má) mostrando música funking, grooving, muita sexualidade e as histórias de gang nas ruas. Foi o ponta-pé pra muitos famosos, como o Shaft. Corre pra locadora! Pra aproveitar a deixa - eu deixo vc ler a história do funk no Rio de Janeiro - obra do multi-MC, mister Slow da BF! e Miss Jacqueline (Baile Charme/Black Factory) - tb é boa nessas histórias!


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O Repente e o Rap improvisado.


O Repente, gênero lítero-musical em que o autor improvisa em público versos e melodias, é uma manifestação da cultura popular brasileira.

Este se distingue de outros gêneros literários que necessitam de elaboração prévia, artesanal, dos seus criadores, posto que, nele não existe a preocupação com o registro, sendo assim, a voz do poeta o melhor veículo de divulgação.

A enunciação da Cantoria ocorre, tradicionalmente, pela voz de uma dupla de cantadores, que não raro formam parcerias que chega a durar anos, afora a rotatividade requerida por desafios ocasionais.



Infalível é ainda o apoio instrumental com que todo cantador acompanha a si mesmo. Para tal função, predominaram ao longo do século XX a viola sertaneja e, mais tardiamente, o violão; a festejada figura do sanfoneiro, tão comum na música nordestina, é exceção entre os cantadores.

Por outro lado, até o século XIX, os indícios apontam para o predomínio absoluto da extinta rabeca, em todas as épocas e lugares, o acompanhamento pelo pandeiro, que chega a ser regra na Embolada, subgênero da família do Repente.



Ao ver de Câmara Cascudo os desafios através do canto são primordialmente originários da cultura grega, posteriormente alastrando-se pela Europa e na seqüência chegou ao oriente por meio dos árabes.


Outro autor , se refere a poesia européia da idade média como reflexo primeiramente da influência árabe, no Brasil a cantoria de improviso surgiu no nordeste, tendo tal região do país sido responsável por grande parte do tráfico escravo, sendo palco na época de quilombos como Palmares.

A partir desse dado, entre outros, vê-se a possibilidade do repente, assim como o rap, estar mais próximos de uma origem africana do que européia.

Baseada em pressupostos da tradição, a cantoria nordestina desenvolveu-se como uma expressão marginalizada.

Em princípio, produzida por indivíduos depreciados pela sociedade, a cantoria acontecia basicamente no meio rural, em sítios, fazendas, e não parecia “elegante” gostar desse gênero, uma vez que era elaborada e direcionada a um grupo minoritário.

Quanto às técnicas de improvisação verbal, o Repente apresenta uma riqueza vertiginosa de esquemas de metros e rimas cuja obediência rigorosa é condição imprescindível para o reconhecimento da competência do cantador e de sua arte.

A derrota em uma Peleja ou Desafio, decretada pelo júri ou pelo senso comum dos espectadores, costuma vir associada a critérios muito sutis, e por vezes até subjetivos.

Os esquemas de metros e rimas de tais gêneros poéticos populares, atualmente ainda ignorados pela cultura formal, têm sua estrutura reconhecida por um público que, distante das escolas, encontra em sua tradição cultural os ensinamentos necessários à apreciação dessa arte oral em todo o seu refinamento e complexidade.

Já o rap pode ser considerado a trilha sonora do hip-hop.

O Hip Hop é um movimento de cultura juvenil que surgiu nos Estados Unidos, nos últimos anos da década de 1960. Mais especificamente surgido no distrito do Bronx, em Nova Iorque, seu desenvolvimento deu-se a partir da iniciativa de jovens afro-americanos – como DJ Afrika Bambaataa – e caribenhos – como DJ Kool Herc – como uma forma de expressão cultural.

Esses primeiros jovens a desenvolver tal feito eram fortemente influenciados pela situação local vigente, que era de desemprego, crise de industrialização e aumento da violência .

O espaço onde a manifestação acontecia era a rua:

Os guetos de Nova Iorque dos anos 60/70 foram o local do surgimento de contingentes juvenis não-brancos reunindo-se para falar, cantar, desenhar e dançar suas criações a partir dos resíduos tecnológicos da cidade e de suas experiências de vida.

Esses eventos de rua (que futuramente viria a ser batizado de hip-hop) eram marcados pela presença de uma vasta diversidade de pessoas, os eventuais encontros eram abertos para diferentes grupos que se identificavam com aquele tipo de manifestação. Entre os freqüentadores destas festas de rua, haviam integrantes de gangues formadas por jovens moradores dos subúrbios.

Para quem curte relembrar os velhos tempos.... Mais um som que curti bastante nas danceterias desta época.....



Afrika Bambaataa é o pseudônimo de Kevin Donovan (Bronx, Nova York, 19 de abril de 1957) é um DJ estado-unidense e líder da Zulu Nation, reconhecido como fundador oficial do Hip Hop.

Nasceu e foi criado no Bronx e, quando jovem, fazia parte de uma gangue chamada Black Spades (Espadas Negras, em português), mas viu que as brigas entre as gangues não levariam a lugar nenhum.

Muitos dos membros originais da Zulu Nation também faziam parte da Black Spades, que era uma das maiores e mais temidas gangues de Nova York. Bambaataa se utilizou de muitas gravações já existentes de diferentes tipos de música para criar Raps.

Usando sons, que iam desde James Brown (o pai do Funk) até o som eletrônico da música "Trans-Europe Express" (da banda européia Kraftwerk), e misturando ao canto falado trazido pelo DJ jamaicano Kool Herc, Bambaataa criou um clássico.


Bambaataa também foi um dos líderes do Movimento Libertem James Brown, criado quando o mestre da Soul Music estava preso e, anos depois, foi o primeiro 'Hip-Hopper' a trabalhar com James Brown, gravando "Peace, Love & Unity".

Bambaataa criou as bases para surgimento do Miami Bass, Freestyle (gênero musical), ritmos que infuênciaram o Funk Carioca.

A fim de transformar a violência das gangues em disputas sadias e positivas, o DJ Afrika Bambaataaa – um dos principais organizadores das festas de rua – passou a organizar tais festas objetivando converter as “rixas” desses grupos de jovens em duelos que envolviam quatro modalidades diferentes – porém relacionadas – de manifestações artísticas: o Mc, o DJ, o break dance e o grafite, que anteriormente era utilizado para as gangues demarcarem território, que no contexto do hip-hop passa a ser a sua representação em forma artes plásticas.

A fim de dar sustentação e suporte aos quatro elementos do novo movimento cultural, Bambaataa batiza tal fenômeno de hip-hop (em português: movimentar os quadris), um pouco depois, juntamente com a Zulu Nation criou o quinto elemento: o conhecimento.

O hip-hop apresenta uma confusão em suas origens devido ao fato de ser um corpo artístico/político/social simultaneamente, que ora é posto como um movimento, ora como uma cultura, sua movimentação acontece ás beiras dos grandes sistemas formais.

No âmbito dos estudos sociais e antropológicos o hip-hop é compreendido como manifestação artístico/política de um momento de transição da metrópole nova iorquina. Já seus praticantes, que o transformaram em filosofia de vida o conceituam como cultura de rua, cuja estrutura é baseada em quatro elementos:

DJ (Disc Jóquei – aquele que seleciona, executa e mistura as músicas nas festas), B.boy (Breaking Boy – aquele que dança), MC (Mestre de Cerimônia – aquele que faz as letras de rap e as rimas de improviso em cima das músicas instrumentais executadas pelos DJ's), Grafite (Artes Plásticas – aquele que faz os desenhos e símbolos), além é claro, do já supra-citado, conhecimento.

A fusão entre o MC e o DJ deu origem ao Rap (Rythm and Poetry), em português Ritmo e Poesia , o rap pode ser ou não o pilar central do hip-hop e esse estilo musical usa a forma básica de expressão: a voz.

Na sua essência original, a voz permanece praticamente numa mesma nota, trata-se de uma manifestação da linguagem falada incorporada a uma melodia que trabalha uma base rítmica repetitiva. Utilizando-se de sintetizadores, baterias eletrônicas e recortes de músicas antigas remixadas e reinventadas, trás crônicas dos habitantes de um determinado grupo social.

Antes mesmo de ganhar forma e personalidade através do fenômeno hip-hop, práticas precursoras do rap já aconteciam há muito tempo atrás em outros lugares do mundo.

A oralidade do rap é originária do canto falado da África ocidental, após a chegada dos escravos negros em todo continente americano, foi adaptado à música jamaicana da década de 1950 e por último, chegou aos Estados unidos da America através dos imigrantes latino-americanos, sendo essa prática influenciada pela cultura negra dos guetos nova iorquinos no período pós-guerra, até então ganhar formato próprio e ser denominado como Rap .

A modalidade de rap que daremos atenção é o FreeStyle ou estilo livre, espécie de poesia oral baseada no desafio e improviso. O mesmo mecanismo pode ser observado e encontrado no repente nacional.


Tanto aqueles que fazem rap, bem como o repente, se expressam através do canto improvisado com base nas vivências e no conhecimento que eles tem da própria realidade, eles vivenciam os fatos históricos, sociais, econômicos e políticos, os quais, através da emoção e da imaginação, recriam esse real em forma de versos.

Menciono em meu trabalho sobre o repente e o cururu, uma característica em comum entre essas duas modalidades de cantoria de improviso, todo o evento gira em torno de dois oponentes, cujas armas consistem no canto, no humor, na palavra, e no qual um procura derrotar o outro diante de uma platéia”.

Embora a relação estabelecida tenha sido entre o repente e o cururu, o mesmo tipo de característica é fundamental e indispensável nas batalhas de rap.


Em relação as origens, principalmente no repente, nota-se a confusão e a fusão de diversas culturas, o que torna inútil tentar especificar ou detalhar sua origem.

Nesse sentido, mais importante do que definir de modo exato como tudo começou, é considerar a onipresença da voz nas mais diversas culturas. Partindo desse princípio, buscar o detalhamento das supostas origens do canto de improviso de desafio parece nulo a medida que tal espécie de produção cultural surge do entrelaçamento de diversas influências.

Pode-se dizer que o canto de improviso é em geral uma manifestação da cultura popular, que pode ser entendida como uma forma de classificar pensamentos e ações das populações mais pobres de uma sociedade, é a cultura da classe desfavorecida, que não detém poder.

A cultura popular é sempre pensada em relação á cultura erudita, chamada também de alta cultura, associada às classes dominantes.

O repente numa posição de resistência, ainda tem a sua poesia marginalizada, considerada pela alta cultura como rude e grosseira, devido ao fato de não zelar por um nível vocabular erudito, possui uma síntese particular e seus agentes são, na verdade, o próprio povo.

No caso do rap não é nada diferente já que basicamente ele se insere nos espaços urbanos marginalizados, segregados etnicamente e sócio economicamente.

As características do rap improvisado de desafio, evidencia o seu caráter de poesia oral, bem como a sua capacidade de construção de uma linguagem poética, depositando na palavra uma força de criação e formação de sentido.

A relação entre o rap e o repente vem instigando debates nas mais diversas atmosferas, a ponto de já se registrar congressos, como por exemplo o REP RAP: Encontro Nacional de Rappers e Repentistas que fui convidado pra ir mais fui Boicotado, ocorrido em Campina Grande no ano de 2007.

Por esses e outros motivos que a relação entre o rap e o repente vão se tornando cada vez mais próximas.