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 Cinco caras instigados, malemolência sintática coerente e ritmos, vozes e instrumentos
 diferentes musicando tudo em harmonia.
 
 Você ouve agora El Efecto.
 
 Em 2002, deram o primeiro acorde.
 
 Afinados, música, pessoal e ideológicas-mentes, começaram a compor a banda:
 
 Bruno Danton (guitarra, cavaquinho, trompete e voz),
 
 Tomás Rosati (voz, percussão e clarinete) e Eduardo Baker (baixo).
 
 Depois de algumas mudanças na formação,
 
 Pablo Barroso (guitarra e voz) e Gustavo Loureiro (bateria)
 
 também compõem a banda – que nasceu e cresceu no Rio de Janeiro
 
 e vem ganhando espaço no cenário alternativo nacional.
 
 Mas quem são eles?
 
 El Efecto é plural, um remelexo no lixão da história mundial, são riffs,
 
 é flauta, é frevo, violino, sertão,
 
 cotidiano, cajón, cavaquinho, um batidão, tango argentino, subversão,
 
 cúmbia, catarse, religião, interrogação, transgressão, trompete,
 
 trapézio, blues, televisão, miséria, mazelas, pedras,
 
 sonhos, ciclos, o caçador e a caça,
 
 diversão de graça,fim de tarde na praça, domingo no circo,
 
 debate, abate, minoria, poesia, utopia, movimento anti-paralisia,
 
 as pessoas e suas (des)humanidades.
 
 Tudo junto e harmonizado, sem perder a coerência jamais.
 
 As letras cantam política, questões e patologias sociais,
 
 as cirandas sem fim, ou chamam à simplicidade e à beleza do silêncio.
 
 Com a elasticidade semântica que a língua permite,
 
 mesmo se repetem o que já foi dito,
 
 fazem jogos de palavras elaborados e reinventam trocadilhos e ditos populares.
 
 Questionam preceitos, o piloto automático nosso de cada dia,
 
 nossa tela, nossa cela, nossa solidão.
 
 Sussurram em surround.
 
 Vozes e vocais expressam-se em protesto contra a máquina e a maquinização.
 
 Falam do que não (se) fala. Gritam como quem não acha nada natural a ordem das coisas.
 
 Compartilham como podem.
 
 No site www.elefecto.com.br,
 
 todas as gravações da banda estão disponíveis gratuitamente para áudio e download.
 
 Nos palcos, nada de figurinos ou cenários elaborados. A mensagem é o meio.
 
 Liberdade de composição, um dos princípios.
 
 O movimento é o fim.
 
 Nas ruas, com ideias na cabeça e stencil à mão, fazem convites sutis a (re)parar, (re)pensar e (re)agir.
 
 Como Qualquer Outra Coisa, o primeiro álbum, nasceu em 2004, seguido de Cidade das Almas Adormecidas em 2008.
 
 O tempo passou e eles não estagnaram; em 2010 germinou o EP Novas Músicas Velhas Angústias.
 
 Mais maduros, com dez anos completos e consolidados, novos frutos:
 
 prelúdio à consagração da Primavera, brotam Pedras e Sonhos em setembro de 2012.
 
 Continua...--
 
 
Por Larissa Peron 
 
 
 
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Discografia: |  | Formação: 
 Tomás Rosati: Voz, percussão e clarinete.
 Bruno Danton: Voz guitarra, trompete
 Pablo Barroso: Voz e guitarra
 Eduardo Baker: Baixo
 Gustavo Loureiro: Bateria
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 Para o Livro de Literatura de Segundo Grau
 
 Não leias odes, meu filho, lê horários
 
 (dos trens, dos ônibus, dos aviões)
 
 são mais exatos. Abre os mapas náuticos
 
 antes que seja tarde demais. Sê vigilante, não cantes.
 
 Chegará o dia em que eles, de novo, pregarão listas
 
 no portão e desenharão marcas no peito daqueles que dizem
 
 não. Aprende a ir incógnito, aprendeu mais do que eu:
 
 a mudar de bairro, de passaporte, de rosto.
 
 Entende da pequena traição,
 
 da salvação suja de todos os dias. Úteis
 
 são as encíclicas para se fazer fogo,
 
 e os manifestos: para a manteiga e sal
 
 dos indefesos. É precisa raiva e paciência
 
 para se soprar nos pulmões do poder
 
 o fino pó mortal, moído
 
 por aqueles, que aprenderam muito,
 
 que são exatos, por ti.
 
 Hans Magnus Enzensberger
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