Por vezes levito, por outras lhe evito...
Mesmo num mundo só meu, ele se prende e se solta, se rende e se açoita como que culpado por tanta beleza e melodia que em si evoca.
Sem me tocar conhece meus caminhos e domínios. Às vezes, é jeitoso e devagar se aproxima, conhece seu espaço e corre por mim como menino a soltar pipa...levemente concentrado, tranquilamente desnorteado...
Noutras vezes, me arranha, chega a rasgar...não sente meu sopro em sussurro...
Indelével se desespera e se perde em mim, deleitando-se em minha momentânea calma...
Provoco-lhe insônias constantes, conquistas vibrantes, debates emocionantes sem parcimônias inquietantes.
Sou sua música, o que respiras...sou sua musa, o que lhe inspira
Sou a parte que lhe cabe do fugaz do mundo
Sou amor alto, largo e profundo, lento como acalento, certo como desconcerto...
Sou rima louca de Estamira, verso o inverso do teu verso e disperso tudo que lhe é perverso, mira?
Acordei assim...querendo ser a voz da tua melodia...
La Belle Psiqué... para Mon Eros, mon poète...
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