Há pouco, pude assistir um clássico de uma atriz cujo trabalho sempre admirei: Audrey Hepburn.
Audrey Kathleen Ruston, conhecida internacionalmente por Audrey Hepburn, foi uma premiada atriz, modelo e humanista belga, radicada na Inglaterra e Países Baixos, eleita em 2009 a atriz de Hollywood mais bonita da história.Nasceu em 4 de maio de 1929 e faleceu em 20 de janeiro de 1993. Mãe de dois filhos, teve uma vida pessoal turbulenta com dois divórcios e alguns amantes além de abortos e uma decorrente depressão.
A atriz protagonizou o clássico " Bonequinha de Luxo" tornando-se um modelo de beleza etérea e única.
O filme que assisti foi "Cinderela em Paris", de 1957 (título original: Funny Face) onde Audrey faz par com o glorioso Fred Astaire. Hepburn cantou e dançou lindamente.
A sinopse é a seguinte:Um famoso fotógrafo de modas, Dick Avery (Fred Astaire), trabalha para a Quality Magazine, uma conceituada revista feminina. Dick cumpre as determinações da editora da revista, Maggie Prescott (Kay Thompson), que não está satisfeita com os últimos resultados e tenta encontrar um "novo rosto". Dick o acha em Jo Stockton (Audrey Hepburn), uma balconista de uma livraria no Greenwich Village onde um ensaio fotográfico ocorrera recentemente. Após certa resistência, Maggie aceita Jo como a modelo que irá à Paris para fotografar e ser o símbolo da Quality. Jo só concorda pois lá poderá conhecer Emile Flostre (Michel Auclair), um intelectual cujas idéias ela idolatra. Entretanto, ao chegarem em Paris as coisas não correm como o planejado.
O orçamento de Cinderela em Paris foi de US$ 3 milhões.
A atriz Kay Thompson, que interpreta uma editora de moda, brilha num dueto com Fred Astaire mostrando uma voz forte e marcante.
Mas o tom afetado e frágil trazido por Audrey na personagem Jo Stockton é o que se destaca no filme.
Vale a pena, até pra discutir as relações de gênero nos anos 50,
Um período pós-guerra, caracterizado pelo estímulo ao retorno das mulheres para o lar.
A cor rosa, tema de música do filme, se relaciona ao materialismo e futilidade; contrapondo-se às tonalidades iniciais utilizadas pela atriz (prioritariamente escuras).
É possível refletir brevemente sobre o estereótipo do belo (que é contestado com o sucesso da "funny face" de Jo); e sobre a manipulação do intelecto (quando as teorias de Emile Flostre se sobrepõem à sua humanidade pobre que se utiliza de uma filosofia questionável para manipular Jo com o objetivo de "encantá-la" a ponto de ter relações sexuais com a mesma). A mulher intelectual, que mesmo frequentando ambientes culturais, é vista pelo filósofo como nada mais que um objeto sexual.
Muito interessante e leve, Cinderela em Paris completa seu sucesso com a atuação do maravilhoso Fred Astaire.
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