SABOR DE CAFÉ
O café é uma bebida que nos traz um prazer para o corpo e a mente, bebida encorpada que nos seduz ao paladar, traz uma sensação de energia e vivacidade, que nos ajuda a melhorar o humor e a mandar embora uma tendência à depressão. Nas últimas décadas, os degustadores do bom café ficaram cada vez mais exigentes, o consumo de um café mais selecionado e sofisticado, vem a se tornar um hábito. Casas de café, os chamados cafés, tornam-se abundantes, investem desde a moagem até a seleção dos grãos (arábica ou conilon), trazendo uma bebida mais refinada e encorpada, com um aroma acentuado e a deixar um gosto mais persistente na boca.
Libidinoso, excitante, o ato de tomar um simples café é sublime. Quase uma poesia sem versos, elaborada no aroma que empesta o ar, no trave acentuado que nos queima e segura-se à língua, na cor de um vinho negro e quente. O beijo de uma boca a saber ao café é um grande prelúdio do amor!
O Café Através dos Tempos e dos Costumes
A história do café é conhecida a partir da era cristã, com registros do século IX, que aponta a sua origem em terras da Etiópia, no nordeste da África, onde era cultivado. Dali seguiu para o Egito, atravessou o Mar Vermelho e chegou a Arábia. É a partir do consumo dos árabes que a história do café torna-se encorpada. A origem da palavra café, segundo algumas versões, é de que vem do árabe "qahwa", que significa "vinho da Arábia". É na Arábia que a infusão do café recebe o nome de kahwah ou cahue(ou ainda qah'wa, do original em árabe). Os turcos otomanos chamavam à bebida de kahve, que significava vinho. O termo coffea arabica foi dado pelo naturalista sueco Carl von Linné, já no século XVIII.
No início os pastores árabes usavam a infusão da fruta para produzir um chá que evitava o sono. Reza a lenda que, Kaldi, um pastor, viu a excitação das ovelhas quando comiam os frutos do cafeeiro, contou a sua descoberta aos monges, que passaram a usar esta infusão para evitar o sono enquanto meditavam.
Foi na Pérsia que se torrou o fruto pela primeira vez, transformando-o em um vinho negro, que se espalhou para a Europa e o restante do mundo antigo.
Com a difusão pelo mundo, o café foi perseguido, tido como uma bebida de excitação mental e da alma. Primeiro os maometanos consideraram a bebida imprópria, incompatível com as leis de Maomé. Mas o tempo venceu o preconceito dos maometanos, tornando-se uma das bebidas mais consumidas por eles. Com a queda de Constantinopla, tomada aos cristãos pelos otomanos, em 1453, o café chegaria a esta cidade grega, e em 1475, surgiu a primeira loja de café do mundo. Com a expansão do islamismo e dos descobrimentos marítimos, foi inevitável que a bebida chegasse aos mais diversos lugares. Quando chegou aos reinos cristãos, o consumo do café foi proibido pelos papas, por ser visto como uma bebida dos islamitas. Clemente VIII foi o papa que liberou o consumo do café para o mundo cristão.
A expansão pela Europa é lenta, mas definitiva. Chega em Veneza, em 1570. Devido à perseguição da igreja à bebida, só em 1652 foi aberta a primeira casa de café, na Inglaterra.
O café como é consumido nos tempos atuais, começa a adquirir forma somente quando em 1672, é aberta a primeira casa de café em Paris, na França. É na Cidade Luz que o açúcar é adicionado pela primeira vez à bebida, e dela começa a fazer parte.
Até chegar ao Brasil, o café tem uma longa peregrinação pelo mundo. Em determinado momento da história o café chegou a ilha de Java (atual Indonésia). É a partir de Java que os holandeses, através do seu dinamismo do comércio marítimo, executado pela Companhia das Índias Ocidentais, introduzem o café no Novo Mundo, espalhando a sua plantação e cultura nas Guianas, Cuba, Martinica, Porto Rico e São Domingos. Em 1727, Francisco de Mello Palheta, trouxe para o Brasil, dentro do seu bolso, uma muda de café arábica da Guiana Francesa. Desde então o café se tornou uma bebida típica dos costumes e tradições dos brasileiros. Foi justo o café o responsável pelas riquezas produzidas no Brasil do fim do século XIX e início do século XX. Nos dias de hoje é impossível ver o Brasil sem o café, os brasileiros sem o cafezinho.
O Perfil de Sabor
Para que a pessoa ao degustar um café, possa descobrir as suas características, e, sem remorsos, entregar-se a este prazer, a ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café), mostra como distinguir as características dos cafés e reconhecer as suas preferências:
Libidinoso, excitante, o ato de tomar um simples café é sublime. Quase uma poesia sem versos, elaborada no aroma que empesta o ar, no trave acentuado que nos queima e segura-se à língua, na cor de um vinho negro e quente. O beijo de uma boca a saber ao café é um grande prelúdio do amor!
O Café Através dos Tempos e dos Costumes
A história do café é conhecida a partir da era cristã, com registros do século IX, que aponta a sua origem em terras da Etiópia, no nordeste da África, onde era cultivado. Dali seguiu para o Egito, atravessou o Mar Vermelho e chegou a Arábia. É a partir do consumo dos árabes que a história do café torna-se encorpada. A origem da palavra café, segundo algumas versões, é de que vem do árabe "qahwa", que significa "vinho da Arábia". É na Arábia que a infusão do café recebe o nome de kahwah ou cahue(ou ainda qah'wa, do original em árabe). Os turcos otomanos chamavam à bebida de kahve, que significava vinho. O termo coffea arabica foi dado pelo naturalista sueco Carl von Linné, já no século XVIII.
No início os pastores árabes usavam a infusão da fruta para produzir um chá que evitava o sono. Reza a lenda que, Kaldi, um pastor, viu a excitação das ovelhas quando comiam os frutos do cafeeiro, contou a sua descoberta aos monges, que passaram a usar esta infusão para evitar o sono enquanto meditavam.
Foi na Pérsia que se torrou o fruto pela primeira vez, transformando-o em um vinho negro, que se espalhou para a Europa e o restante do mundo antigo.
Com a difusão pelo mundo, o café foi perseguido, tido como uma bebida de excitação mental e da alma. Primeiro os maometanos consideraram a bebida imprópria, incompatível com as leis de Maomé. Mas o tempo venceu o preconceito dos maometanos, tornando-se uma das bebidas mais consumidas por eles. Com a queda de Constantinopla, tomada aos cristãos pelos otomanos, em 1453, o café chegaria a esta cidade grega, e em 1475, surgiu a primeira loja de café do mundo. Com a expansão do islamismo e dos descobrimentos marítimos, foi inevitável que a bebida chegasse aos mais diversos lugares. Quando chegou aos reinos cristãos, o consumo do café foi proibido pelos papas, por ser visto como uma bebida dos islamitas. Clemente VIII foi o papa que liberou o consumo do café para o mundo cristão.
A expansão pela Europa é lenta, mas definitiva. Chega em Veneza, em 1570. Devido à perseguição da igreja à bebida, só em 1652 foi aberta a primeira casa de café, na Inglaterra.
O café como é consumido nos tempos atuais, começa a adquirir forma somente quando em 1672, é aberta a primeira casa de café em Paris, na França. É na Cidade Luz que o açúcar é adicionado pela primeira vez à bebida, e dela começa a fazer parte.
Até chegar ao Brasil, o café tem uma longa peregrinação pelo mundo. Em determinado momento da história o café chegou a ilha de Java (atual Indonésia). É a partir de Java que os holandeses, através do seu dinamismo do comércio marítimo, executado pela Companhia das Índias Ocidentais, introduzem o café no Novo Mundo, espalhando a sua plantação e cultura nas Guianas, Cuba, Martinica, Porto Rico e São Domingos. Em 1727, Francisco de Mello Palheta, trouxe para o Brasil, dentro do seu bolso, uma muda de café arábica da Guiana Francesa. Desde então o café se tornou uma bebida típica dos costumes e tradições dos brasileiros. Foi justo o café o responsável pelas riquezas produzidas no Brasil do fim do século XIX e início do século XX. Nos dias de hoje é impossível ver o Brasil sem o café, os brasileiros sem o cafezinho.
O Perfil de Sabor
Para que a pessoa ao degustar um café, possa descobrir as suas características, e, sem remorsos, entregar-se a este prazer, a ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café), mostra como distinguir as características dos cafés e reconhecer as suas preferências:
Aroma: é o odor típico da bebida na xícara. Ele pode variar de suave a intenso. Não deve ser fraco ou estranho a café.
Sabor: é o gosto agradável da bebida, que permanece na boca durante vários minutos. Pode ser suave ou intenso. Não pode ser desagradável, nem estranho.
Corpo: é a sensação de viscosidade que fica na boca, ao se tomar o café, podendo variar de leve a encorpado.
Torração (ponto de torra): é a cor do grão ou do pó, após a torração. Quanto mais escuro, mais amargo o café.
Moagem: é o nível de granulometria do pó. Quanto mais fino, mais amarga e escura fica a bebida. Quanto mais grosso, mais suave o café.
Tipo da bebida: são três tipos principais. A mole, que identifica um café suave e equilibrado; adura, que identifica uma bebida encorpada e agradável; e a rio, que caracteriza um café de sabor intenso e marcante.
O Perfil de Sabor é definido também, pelos tipos de grãos de café que são usados na industrialização, que podem ser do tipo Arábica ou Conilon.
Arábica: é o café mais produzido em todo o mundo e também no Brasil. É o responsável pela diversidade de sabores e aromas da bebida. Os cafés Gourmet(cafés de alta qualidade) exigem grãos arábicas de alta qualidade.
Conilon: é usado em combinações com o café arábica. Ele possui menor acidez e tem mais cafeína que o arábica. No Brasil é produzido no Espírito Santo, Rondônia e Bahia.
Café, Saudável Tentação
Perseguido por décadas pelos vigilantes da saúde, o café já foi condenado pela medicina, tido com uma bebida prejudicial à saúde. Injustiça que estudos mais recentes e conclusivos contesta. Nos últimos tempos o hábito de tomar café foi redimido, hoje é visto como um alimento natural que faz bem à saúde. O café possui os chamados ácidos clorogênitos, que quando torrados produzem substâncias que alteram as endorfinas do cérebro, responsáveis pela melhora do humor. As quino-lactonas são formadas quando os grãos são torrados. A sensação de bem-estar que temos ao ingerirmos a bebida, ajuda na prevenção da depressão.
o café possui cafeína, potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais em pequenas quantidades. O grão do café também possui aminoácidos, proteínas, lipídeos, além de açúcares, polissacarídeos e polifenóis (ácidos clorogênitos), que ajudam a combater os radicais livres do nosso corpo, responsáveis pelo envelhecimento e por doenças cardiovasculares e ligadas ao câncer.
Estudos científicos garantem que o consumo moderado do café (entre três a quatro xícaras por dia), ajuda às crianças e aos adolescentes a aprender melhor na escola, e aumenta a memória imediata; combate os radicais livres, com suas propriedades antioxidantes que evitam o envelhecimento, doenças cancerígenas e infarto do coração.
Então que tal um brindar o dia com uma deliciosa xícara de café? Cheese!
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