sem força!!

Comeceu devagar.
Juro que se soubesse que essa brincadeira chegaria à essa dimensão, nunca teria tido a ousadia de começá-la.
E agora, é tarde demais.
Não há nada que eu possa fazer.
A não ser, continuá-la.
Não há surpresas.
Todos que entram nesse jogo têm a noção de que irão perder, mas insistem em não ver. Reclamam!
Mas, gostam do sentimento de submissão, de que alguém toma conta de seus pensamentos e suas ações.
Os que não gostam de lidar com isso são os antigos perdedores do jogo, que não arriscam mais uma partida, pois sabem que a derrota é inevitável.

Um dia desses, um ser não existente ao olhar meu disse que nunca mais iria se apaixonar. Coitado.
Fala como se fosse algo que o homem pudesse controlar..
É a natureza.
O maior medo do ser humano.
Não adianta fugir disso.
Você fecha a porta, e ela entra pela janela.
E quando alguém foge demais do que é natural, terá sérios problemas mais tarde, coisas impublicáveis. (...)
Mas, continuando a falar do jogo.
Do meu jogo.
Eu perdi, como todos perdem, perderam e perderão.
Os encantos da moça foram maiores do que a minha capacidade de julgar se um dia aquilo me traria alguma consequencia.
Não lembro se foi uma semana,se foram duas...
Quem sabe, três.
O fato é que eu me apaixonei.
Sou fraquinho mesmo.
Sempre volto pra guerra, mesmo tendo perdido uma batalha no dia anterior, e mesmo sabendo que minha adversária é mais forte.
A primeira batalha é não se apaixonar.
Sejamos realistas, ninguém quer se apaixonar.
Essa batalha eu perdi....
A segunda é não se deixar envolver demais, deixar o sentimento ser uma paixonite semanal que você logo esquece, na primeira festa que seu amigo te convida, porque a mãe dele viajou, liberando a casa.
Essa eu perdi também, tanto a festa, quanto a batalha.
Um ser humano nessas condições ficou totalmente sem saída.
Tem o amor.
Acredite, até aí foi fácil.
Difícil será cuidar disso.
Poucos conseguem.
Comigo foi mais ou menos assim...
Parece estar tudo certo, mas tornou-se mais forte que eu.
Sou fraquinho mesmo, eu já disse.
Agora eu já não sou mais eu.
Não sou nada.
Sou dela.
La bella Psiqué...