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21 de fev. de 2011

HENRY E ANAIS

Henry Miller

Henry Valentine Miller

Seu estilo é caracterizado pela mistura de autobiografia com ficção. Muitas vezes lembrado como escritor pornográfico, escreveu também livros de viagem e ensaios sobre literatura e arte e eu sempre lí este cara com minha mente aberta e sempre achei ele genial, palavra de Slow.

O autor foi homenageado pelo célebre crítico Otto M. Carpeaux em prefácio para o livro O Mundo do Sexo, editora Pallas 1975.

Uma de suas amantes foi a escritora Anais Nin, que sempre achei muito fora de sua época...


Anaïs Nin foi uma figura literária única.

Romancista francesa, eroticista apaixonada e contista, que ganhou fama internacional com seus Diários. Abrangendo os anos 1931-1974, eles dão um relato da viagem de uma mulher para a autodescoberta.

“Tudo bem se uma mulher for, acima de tudo, humana e eu sou uma mulher, antes de tudo.”

(O Diário de Anaïs Nin, vol. I, 1966)

Anaïs Nin foi amplamente ignorada até a década de 1960. Hoje ela é considerada uma das principais escritoras do século 20 e fonte de inspiração para as mulheres que desafiam o papel convencional do gênero.

“Eu esperava um homem para a demonstração das sessenta e seis maneiras de fazer amor. Henry negocia o preço. As mulheres sorriem. A maior tem características ousadas, cabelo preto, cacheado, que quase esconde o rosto. A menor delas tem um rosto pálido, com cabelos loiros. Elas são como mãe e filha. Usam sapatos de salto alto, meias pretas com ligas nas coxas, e quimono aberto solto. Levam-nos para cima. Andam à frente, balançando os quadris. ” (dos Diários 1931-1934)

Uma figura literária obscura na maior parte de sua vida. Quando seus diários – mantidos desde 1931 – começaram a ser publicados em 1966, Anais Nin chegou aos olhos do público. Desde então, os dez volumes do diário de Anaïs Nin têm permanecido populares.

São mais do que simples diários, cada volume tem um tema, e provavelmente foram escritos com a intenção de que fossem publicados posteriormente. Cartas que ela trocou com amigos íntimos, incluindo Henry Miller, também foram publicadas.

A popularidade dos diários despertou o interesse em seus romances publicados anteriormente. O Delta de Vênus e Little Birds, escritos originalmente em 1940, foram publicados após sua morte (1977, 1979).

Anaïs Nin é conhecida, também, por seus amantes, que incluem Henry Miller, Edmund Wilson, Gore Vidal e Otto Rank. Foi casada com Hugh Guiler, de Nova York, que tolerava suas escapadas. Também teve um segundo casamento, bígamo, com Rupert Pole, na Califórnia. O casamento foi anulado quando ficou mais famosa.

Estava morando com Pole no momento da sua morte, e ele viu a publicação de uma nova edição de seus diários, com trechos antes omitidos.As ideias de Anaïs Nin sobre as naturezas de ”masculino ” e “feminino” têm influenciado parte do movimento feminista conhecido como “feminismo da diferença”.

Ela se dissociou no final de sua vida das formas mais políticas do feminismo, acreditando que o autoconhecimento através do diário era a fonte da libertação pessoal.

Há um filme ficcional sobre o período da vida em que eles se conheceram Henry and June, baseado nos diários de Anaïs.


Voltemos a Miler...

"É desnecessário, neste sorridente reino, banquetearmo-nos de esterco humano ou copular com os mortos, à maneira de certas almas disciplinadas; tão pouco é necessário a abstinência de alcool, sexo e drogas, á maneira dos anacoretas. também não é incumbência de ninguém , passar horas e horas a ensaiar as escalas Maior e Menor, os arpegio, os pizzicati ou as cadenzas como aconteceu á descendência de Liszt, Czerny e outros virtuosos pirotécnicos. Nem sequer é necessário mourejar para fazer as palavras explodirem como estalinhos, em conformidade com os regulamentos semânticos inebriados. Chega e sobra que nos espreguicemos e peidemos, que bocejamos, espirremos e relinchemos. Os regulamentos são para os bárbaros, a técnica para os trogloditas. abaixo os menestreis, até os da Cappadócia!

(Henry Miller, in: Nexus. p.251)

Seus trabalhos e relatos detalhados de experiências sexuais e seus livros trouxeram muito a discussão livre de assuntos de cunho sexual, na literatura norte americana, partindo tanto de restrições legais e sociais.

A maior parte de sua obra gira em torno de sua segunda esposa June Mansfield e de sua visão de mundo. Em especial a trilogia Crucificação Encarnada. O casal se separou em 1934. Henry voltaria a se casar outras vezes.

Durante a segunda guerra mundial voltou para os Estados Unidos. Passou a ser um escritor prolífico e obteve grande sucesso após a liberação de suas obras na década de 60. Um memorial dedicado a sua obra é mantido em Big Sur, onde morou de 1944 a 1962.

O governo Brasileiro(IDIOTAMENTE) proibiu a venda da tradução de TRÓPICO DE CANCER na década de 70, porém o livro permanecia sendo vendido no original em inglês (KKKKKKKKK).

Literatura

Henry Miller tornou-se um clássico quando publicou a trilogia "Sexus, Plexus, Nexus", que ele chamou "A Crucificação Encarnada". Como nos outros livros, esses romances narram trechos de sua própria vida, embora ele negasse. Sobre seu processo, declarou:

"fiz uso, ao longo desses livros, de irruptivos assaltos ao inconsciente, tais como sonhos, fantasia, burlesco, trocadilhos pantagruélicos, etc, que emprestam à narrativa um caráter caótico, excêntrico, perplexo".

Tudo isso é verdade, mas também o é que Miller vivia na pândega e descrevia isso.

Embora a obra de Henry Miller se tenha tornado, para parte do público e crítica, sinônimo de literatura erótica, há também muitas passagens filosóficas em seu livros mais famosos, obras nada obscenas ou lascivas.

Por exemplo, "Big Sur e As Laranjas de Hieronimus Bosch" tem como eixo principal a narrativa prosaica dos dias em que a personagem autobiográfica de Miller vive, com sua penúltima mulher e filhos, na isolada, pacata e "mística" região de Big Sur, na Califórnia(EUA).

O mote da obra é um descrição repleta de digressões e recortes de episódios já narrados em outros livros com o fim de comparar as peculiaridades "puras" de Big Sur com os que detêm completamente as confortáveis benesses e também as tragédias comportamentais da pós-modernidade.

Outra obra que passa longe de temas e motivos eróticos é "Colosso de Marússia".

O livro baseia-se numa viagem feita pelo autor à Grécia, antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939.

Na verdade, vê-se, ao longo de todo o livro, um Miller deslumbrado com a magnanimidade da cultura ancestral grega, assim como faz uso das descrições e análises do povo grego para contrapor a simplicidade à "civilização da guerra" - representada, muitas vezes, por referências ao nova-iorquino médio.

Principais obras

  • Crazy Cock, 1934
  • Opus Pistorum (novela pornográfica), 1936
  • Trópico de Câncer, 1934.
  • Primavera negra, 1936.
  • Trópico de Capricórnio, 1939.
  • Dias de paz em Clichy, 1939.
  • O Mundo do Sexo, 1940.
  • O Colosso de Marússia, 1941.
  • Sabedoria do Coração (ensaios), 1941.
  • Pesadelo Refrigerado, 1945.
  • O Sorriso ao pé da escada, 1948
  • Sexus [Crucificação Encarnada vol. 1 , 1949.
  • Os Livros da Minha Vida, 1952
  • Plexus [Crucificação Encarnada vol. 2 , 1953.
  • Big-Sur e as laranjas de Hieronymus Bosch, 1957
  • Nexus [Crucificação Encarnada vol. 3 , 1960.
  • A Hora dos Assassinos (Um Estudo sobre Rimbaud)


"A vida se contrai e se expande proporcionalmente à coragem do indivíduo."

Anaïs Nin

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