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8 de nov. de 2010

REGISTRO!!!

RAP NO MUNDO!

O Rap, oferece uma vantagem a seus simpatizantes: Não é preciso gastar
uma fortuna em equipamentos ou montar uma banda profissional para se
exercer esta arte e conseqüentemente, expressar um ponto de vista
político ou social.

Basta apenas, usar a criatividade, pois o Rap depende mais da
habilidade individual do artista em fazer seus comentários por meio de
rimas do que, necessariamente, de lições de canto ou aparelhagens
sofisticadas.

Além disso, o estilo é extremamente democratico, em termos de
temática: pode-se fazer um Rap sobre injustiças sociais-e, também,
para enaltecer uma vizinhança ou ainda para falar de amor e amizade.

Como o Rap infiltrou-se na cultura popular Norte-Americana?-No fim dos
anos 70, um DJ Jamaicano, Kool Herc, mudou-se de Kingston para New
York, estabelecendo-se no West Bronx.

Uma das inovações propostas por Herc foi a de improvisar versos sobre
as 'bases' de certas músicas - no caso, os discos de Reggae.

Herc já fazia aquilo em seu país natal e achou que o público dos EUA
se renderia imediatamente ao estilo.No entanto, apesar de não terem
passado inteiramente despercebidas, as experiências músicais do DJ não
obtiveram grande repercussão de imediato, pelo fato de o Reggae não
estar 'em alta' em New York daquele período.

Assim, o DJ adaptou o seu estilo à nova realidade, fazendo suas
improvisações verborrágicas sobre sessões instrumentais ou de
percussão dos grandes sucessos do momento.

Infelizmente, o 'espaço' para essas improvisações era pequeno - os
trechos instrumentais ocupavam um espaço limitado das partituras - e
assim , Herc precisou lançar mão da tecnologia para virar o jogo a seu
favor: utilizando um Mixer de áudio, o DJ conseguiu estender o tempo
dessas sessões de modo indeterminado, ampliando consideravelmente a
'base' para suas mensagens.

No inicio, essas mensagens não eram muito sotisficadas ou complexas,
Por exemplo, era comum os DJs valerem-se do recurso imaginado por Herc
para anunciarem a presença de um convidado em uma festa de Hip-Hop.

Assim, durante os trechos instrumentais das músicas, eles eles
inseriam breves discursos, como:

'É isso aí, galera, fulano de tal esta aqui esta noite, e vai agitar a
festa pra vocês'

Com o tempo, uma ligeira inovação foi operada no estilo: Os DJs
começaram a rimar seus discursos, que ganharam um tom mais descolado:

'É isso aí, galera! Fulano chegou pra arrasar...Alguém duvida que o
homem é fera?'

E assim por diante.

Pouco a pouco, o Rap foi ganhando a cara que tem atualmente: Kool Herc
prestou outra contribuição importante à evolução do gênero quando, ao
notar que sua invenção havia 'pegado' junto à galera, passou a dividir
trabalho com dois companheiros, Coke La Rock e Clark Kent, que
respondiam pelos microfones.

Estava formado, assim, o primeiro 'grupo' de Rap: Kool Herc and The Herculoids.

Os efeitos da 'democratização' do Rap foram benéficos ao movimento Hip-Hop.

De um fênomeno isolado, restrito à juventude negra dos EUA, o Rap foi
absorvido pelo mercado mainstream, conquistanto um número maior de
adéptos.

A mensagem do Rap também passou a ser mais incisiva, do ponto de vista
político: O grupo Public Enemy, por exemplo, reacendeu a polêmica da
luta contra a segregação racial em músicas como 'Fight The Power'.

Hoje, o Hip-Hop é uma poderosa influência na formação de milhares de
jovens, independentemente de fatores como raça ou condição social.

A cultura Hip-Hop trascendeu fronteiras e revolucionou a música
popular, tornando-a mais sensível aos problemas das grandes cidades.


HISTÓRIA DO RAP NACIONAL



Tudo tem um começo!

A arte de mixar discos começou há muito tempo atrás e os pioneiros
devem ser sempre lembrados. Conheça alguns deles.

Oswaldo Pereira - O primeiro DJ do Brasil

Oswaldo a esquerda e o equipamento rudimentar da época

Já nos anos 50, haviam DJs desbravando o árduo caminho e preparando
terreno para os que viriam nos anos 70, 80 e 90, rumo à consagração da
atividade.

As famosas "orquestras invisíveis" tinham por trás a mão anônima de um
DJ, que trabalhava apenas com uma vitrola e tinha que interromper a
música para fazer a troca dos discos. O público, muito repeitosamente
aguardava em silencio a troca dos discos para depois, voltar a dançar.

A orquestra invisível mais famosa era a "Hi-Fi-Let`s Dance" de Oswaldo
Pereira, o primeiro DJ do Brasil. Oswaldo fazia tudo sozinho com sua
vitrolinha holandesa e um amplificador de 100 watts que ele mesmo
montou. Era muita potência para a época e o público não entendia como
tanto som podia existir sem uma orquestra de verdade presente.

Oswaldo ficou em atividade de 1959 até 1968, quando começou a febre do
samba-rock.

Monsieur Limá (Messiê Limá)
Monsieur Lima

Um dos grandes nomes da discotecagem nos anos 70, era do carioca
Monsieur Limá (pronunciava-se Messiê Limá). Limá foi um dos primeiros
DJs brasileiros a ir para a televisão. Ele apareceu em vários
programas da extinta TV Tupi até ganhar seu próprio programa.

Esse maranhense baixinho e de roupas espalhafatosas, sapatos
plataforma e muita atitude ganhou fama com suas coletâneas de disco
music.

Apesar de não ser um expert em mixagens ou viradas, Limá marcou pela
ousadia e pela postura em frente ao público e à camera de TV. Monsieu
Limá faleceu em 1993, aos 50 anos.


Alcir Black Power

O grande DJ carioca, radicado em São Paulo, Alcir Black Power. Muito
do que sei hoje sobre funk, r&b e rap aprendemos ouvindo essa fera
tocando suas fitas de rolo nos bons e velhos tape-decks Akai. Alcir só
tocava música de qualidade e muita coisa que ele tinha ninguém mais
tinha. Naquela época (início dos anos 80), as equipes de som tinham
espiões que iam nos bailes das outras equipes checar o que eles
estavam tocando. Quando Alcir rolava uma daquelas raridades que só ele
sabia garimpar os olheiros ficavam loucos e não conseguiam descobrir
que som era aquele. Alcir guardava tudo a sete chaves. Alcir abandonou
a discotecagem, mas a saudade dos bailes ainda mexe com a alma
funkeira desse mestre.

DJ Braguinha
Mister Sam
Mister Sam e Braguinha

Esse é outro grande nome das pick-ups que já passou para o outro lado.

Braguinha foi, entre outras coisas, DJ dos programas de rádio de
Mister Sam. Ouvi muitas mixagens e "viradas" feitas por esse grande
artesão da música que lançava clássicos no Brasil como Ya Mamma do Wuf
Ticket ou Non stoppin` that rockin` do Instant Funk, por exemplo. Tudo
que Braguinha tocava na sexta-feira, às 23h no programa de Mister Sam
era ouvido no sábado e domingo seguintes nos sound sistems das equipes
de som do início dos anos 80.

Mister Sam trouxe do exterior, nos anos 80, raridades e artistas
underground como Sasha (nada a ver com a filhinha da Xuxa) e
produzindo artistas brasileiros como Baby Face (Nahim), Gretchen,
Bebeto, Black Juniors e dezenas de outros. Sam atuou como DJ em casas
como Dancing, Soul Train, Be Bop, Latitude 3001, Station. Todas em São
Paulo.

Sônia Abreu

A pioneira Sônia Abreu nos longinqüos anos 70

Essa foi a primeira mulher a assumir as pick ups, já nos longinqüos
anos 70. Sônia, além de ser um exemplo de garra e persintência, foi
também uma desbravadora, abrindo caminho para as mulheres no machista
mundo dos djs.

Ela trabalhou na extinta rádio Excelsior AM, ainda nos anos 60, quando
resolveu radicalizar e só tocar o que achava bom. Isso custou-lhe o
emprego na rádio mas abriu outras possibilidades. Sônia foi para a
boate Miragem, na rua Augusta, em São Paulo. Lá também teve que
aguentar o preconceito do público e de alguns djs da casa.

Em 1977, vai para a aclamada Papagaio Disco Club e fica por lá por 2
anos. Nos anos 80, inovou ao fazer festas ao ar livre em um coreto na
rua Augusta e logo em seguida montou o primeiro Sound System
brasileiro com dj, em uma Kombi e depois em um barco.

Ousadia não faltava para essa garota que dedicou quase toda sua vida
às pick ups e à música.

Um aviso! Sônia ainda está na ativa! Salve Sônia !
Na segunda metade dos anos 70, um novo tipo de música surgia, a Disco
Music, que elegeu as Discotecas como seu reduto. Os caras que tocavam
os discos para o pessoal desse bailes, nessa época, eram chamados de
Discotecários. Existiram alguns famosos como os citados ai em cimacomo
o alcir que apesar de ser carioca, criou fama em São Paulo com seus
bailes regados a James Brown e George Clinton.

No começo dos anos 80, surgiram várias equipes de bailes, as chamadas
Equipes de Som, cada uma capitaneada por um DJs que não fazia grandes
mixagens, porque na época vinil não chegava em todas cidades.

As importações eram proibidas e os bailes eram feitos com fitas de
rolo piratas. Muitas delas, chegavam sem os nomes das bandas e das
músicas, o que tornava impossível sua identificação, os DJs dessa
época apenas rolavam o som. Eram poucos os que dominavam a arte de
mixar duas músicas, as famosas viradas. As remixagens ou montagens
como eram chamadas na época, eram feitas com gilette e fita adesiva.

Isso mesmo! As fitas eram gravadas, cortadas e coladas artesanalmente.
Era um trabalho árduo e muito, muito difícil de se fazer.Os primeiros
DJs eram verdadeiros artesões da músicfunk da época era chamado de
"balanço". Termo cunhado pelas gravadoras que tentavam popularizar o
ritmo que era taxado de música de negro pobre.

Em 1979, vimos surgir nas rádios e nos bailes um ritmo novo. Uma
música batizada de "Melô do tagarela " que tornaria-se mania nos
rádios e bailes e dominaria a cena por seis longos meses. Era o
Sugarhill Gang, que acabará de lançar a música "Rapper`s Delight" com
seus longos 14 minutos de duração. Um fenômeno para a época. Seguiu-se
uma avalanche de grupos de rap no formato antigo, onde as letras
falavam de festas e garotas. Não havia ainda a crítica social nas
letras. Isso só veio a ocorrer em 1983, com o grupo Grandmaster Flash
and The Furious Five, na música "The Message".

Mas Rapper Delight não foi o primeiro rap a ser gravado nos Estados Unidos.
Dois outros artistas gravaram raps antes do Sugarhill Gang.

O primeiro foi Pigmeat Markham em 1967. Isso mesmo, não há erro!
Pigmeat gravou a música Here comes the judge em 1967.


O segundo artista a gravar um rap antes do Sugarhill Gang foi o rapper
King Tim III ) com o auxílio do grupo Fatback Band. A música
chamava-se Personality Joke.




Rap brasileiro na virada dos anos 70 para 80

Muito se diz sobre qual foi o primeiro rap feito no Brasil. Gerson
King Combo, já em 1977, fazia um soul com falas que lembrava muito o
rap, mas não podemos considerá-lo um rap na essência do termo. O
showman Miele gravou em 1979, uma versão de "Rapper`s Delight" do
Sugarhilll Gang chamada "Melô do Tagarela".

A rádio Cidade FM (Atual Sucesso FM) de São Paulo lançou um rap em
comemoração a sua entrada no ar, em 1980. Posteriormente, regravaram o
mesmo rap com outra letra, em São Paulo e Rio de Janeiro, em 1981.
Essa nova versão foi lançada em um compacto chamado "Tema de Natal da
Cidade" que era um belíssimo rap, com a voz de seus locutores (naquele
tempo locutor de rádio tinha que ter boa voz).
O produtor, compositor, radialista, empresário e apresentador de TV
Mister Sam produziu, em 1980, um disco de um cantor chamado Baby Face
(primeiro pseudônimo do cantor Nahim) com um rap chamado Don`t push,
dance, dance, dance.

O grupo de Break e rap Electric Boogies gravou Break Mandrake em 1983.

Um dos grupos surgidos no início dos anos 80, que trilhou um caminho
diferente, foi o Eletro Rock. Formado por jovens de classe média de
São Paulo e Santo André, no ABC paulista, falavam em suas músicas de
festas, garotas e esportes radicais. Um exemplo é a música Surf, de
1985. Um dos integrantes do Eletro Rock era o rapper Catito, que
posteriormente fez parte de coletâneas de equipes de bailes como
Kaskatas e Chic Show, cantando sozinho.

Depois disso, surgiram avalanches de grupos reivindicando o título de
número um. Mas Miele ainda é considerado o primeiro artista brasileiro
a gravar um rap no Brasil. E isso foi há mais de 25 anos.
Recentemente, foi lançado na Inglaterra, um LP duplo chamado BLACK
RIO, que tenta mapear o fenômeno black no Brasil, mais precisamente no
Rio de Janeiro, nos anos 70. A música "Melô do Tagarela" está nesse
disco, em sua versão instrumental. Mielle foi o primeiro artista a
gravar um rap, mas Miele não era um rapper e sim um compositor e
apresentador de TV.

O primeiro grupo genuíno de rap a gravar um disco, nascido no
movimento hip hop americano e formado no Brasil foi o Electric
Boogies. Dois de seus membros moraram nos Estados Unidos no início dos
anos 80, e tiveram contato direto com a fonte e a cultura hip hop que
moldava-se na época, em Nova York.


Em 1982, um núcleo de criação de rap foi formado em Santo André, no
ABC paulista. Alguns amigos, que se conheceram em bailes e rodas de
break, encontraram-se informalmente na casa de um deles para trocar
informações e músicas Naquela época, não havia mp3, não havia cds, não
havia internet, nem revistas especializadas. As informações passavam
de boca a boca.

Esse grupo era formado por Rogério "Vermelho" Riese (dono da casa onde
se reuniam), Marcio "MC L" Eufrosino, Marcelo "MC Mike" Rodrigues e
Antonio "MC Brown" Cabrera.

No início, os raps eram criados apenas por brincadeira, geralmente
fazendo piada de alguma situação. Todos contribuiam com suas letras e
as músicas eram gravadas em um gravador caseiro Sanyo com microfone
embutido. "Vermelho"era o DJ oficial. Posteriormente o sistema de
gravação melhorou e passaram a usar tape decks, pick ups e microfones
melhores.

O primeiro rap a ser criado foi escrito por Marcelo e chamava-se
"Black Papa". Em seguida, vieram outros raps em inglês que utilizavam
a música "The breaks" de "Kurtis Blow" como base instrumental e também
"The invasion" do raper "T Ski Valley".

Em 1983, Marcelo e Cabrera gravaram sobre a base de "The breaks" um
rap em comemoração ao aniversário da danceteria "Clube Xadrez",
localizada no Vila Assunção, em Santo André. O DJ da casa era o
lendário "DJ Zapp" que topou tocar a música na festa de aniversário da
danceteria. Muita gente que dançava parou para ouvir um rap em
português.

Em 1985, o "Xadrez" fechou suas portas e a galera mudou de endereço.
Todos começaram a freqüentar o "CEV - Clube esportivo da Vila
Vitória", também em Santo André. Alí, Marcelo, já utilizando o
pseudônimo MC Mike, conseguiu convencer os DJs da casa a gravar com
ele o tema da equipe "Tamantaurus". A base instrumental utilizada era
"If I ruled the world" de "Kurtis Blow". A discotecagem da casa era
ruizinha mas, como havia falta de opção para quem curtia black music,
o pessoal ficou por alí uns tempos, até surgirem novas locais.

De São Paulo, MC Pepeu aparecia com sua versão da música "Big Butt" de
"Bob Jimmy" que ganhou o título de "Pipoca".

Mike e Pepeu se juntaram e gravaram uma fita demo, com o auxílio do
lendário "DJ Gege" da extinta danceteria "Sunshine". O nome da música
era "Bastião" e utilizava como base a música "Fly guys" do grupo
"Magic Trick".

Surgia em 1984, o grupo "Electric Boogies" formado por dançarinos de
break de Santo André que gravaram o single "Break mandrake".

Miele já havia gravado um rap em 1979, mas era apenas uma brincadeira
sobre a sucesso "rappers delight" do "Sugarhill Gang". Miele não era
um rapper de verdade.

O "DJ Gege" da "Sunshine" juntou-se ao rapper "Toninho Ray" e gravou a
música "I wanna happy birthday Sunshine" em homenagem ao aniversário
da danceteria Sunshine com a base instrumental da música "Tie me up"
do grupo "Mtume".

Mike, em seguida, gravou o tema de abertura do programa Super Special
em 1985 que era apresentado por Serginho Caffé. No mesmo ano,
participou de uma coletânea, com uma nova versão de "Bastião" com o
novo título "Sebastian boys rap ". A produção foi do DJ Grego .

Por outro lado, em 1986, Cabrera compôs "Falando Macio" e participou
ao lado e Marcio "MC L" do concurso de rap da danceteria "Club House",
antiga "Kaskatas". Era a primeira letra engajada do rap nacional. Não
ganhou o concurso que foi vencido por "Fresh Puma" e seu fenomenal
"human beat box".

No mesmo ano, Cabrera formou o grupo "Heroína Verbal" ao lado de Puma
e seu irmão.

Eliel "Mr Théo" Sobral, começou a cantar uma música de Cabrera chamada
"Roleta Russa" com letra agressiva e politizada que fazia grande
sucesso em seus shows. Theo já era conhecido nacionalmente pela música
"Cerveja", uma versão de "Go see the doctor" de "Kool Moe Dee".
Posteriormente lançou uma versão rap do samba-rock 16 toneladas, ao
lado do rapper Billy. Em seguida lançou a música Vida ao lado do
rapper MC Clau.

Mike apareceu com mais uma demo com a música "O Trem" que participou
de uma coletânea, já no estilo Miami Bass.

Em 1998, Cabrera fez um show como DJ, junto com o grupo 'A Fúria",
substituindo o DJ do grupo. Um guitarrista de nome "Russo", irmão do
"MC Bacana" participou do show que foi marcado pelo estilo Miami Bass,
típico do grupo "A Fúria".

Ainda em 1998, Cabrera foi ser DJ de uma nova casa noturna em Santo
André, ao lado dos amigos Roberto, Marcelo e Toninho onde aperfeiçoou
sua técnica de scratch, transformer schatch e mixagem.

Em 1989, Cabrera abandonou a discotecagem, só participando de festas
exporádicas com seus amigos da "Good Time Team" e dedicou-se a sua
carreira profissional como psicólogo e posteriormente como
webdesigner, escritor e radialista.

Mike, desde os início dos anos 90, dedicou-se ao "Miami Base" e ao
"Funk Carioca" , lançando 12 discos nesse estilo.

Mr Théo abandonou a música e nos últimos anos atuava como alfaiate em
Santo André.

Rogério Riese, formou-se em engenharia, mudou-se para o sul do país e,
desde então, não envolveu-se mais com música.

Puma é grafiteiro profissional já tendo realizado diversos trabalhos e
exposições.


http://2.bp.blogspot.com/_g24uQUDQkx8/TFDHhVkCSGI/AAAAAAAAA88/QTS47gcUkNo/s1600/Capa.JPG
BLACK JUNIORS

Quarteto infanto-juvenil de Break criado pelo produtor Mister Sam e
integrado por Laércio (voz), Adilson (voz), Francisco (voz) e Roberto
(voz). Conjunto.banda fenômeno da música negra no Brasil nos anos 80,
que tocava rap romântico e groover´s, com requintes de street
dance.Lançado por Mister Sam pela gravadora RGE, o “Black Juniors”
tornou-se sucesso nacional e o disco atingiu a vendagem de mais de
1.500.000.000 cópias ganhando então discos de ouro.


MIKE & PEPEU – Melo do Bastião que tocavam em deck de rolo ( 1986 ).


ENTENDENDO UM POUCO...




Os primeiros talentos tupiniquins, Nelsão Black Soul ou Nelsão Triunfo
dançando break, conhecido também como “homem árvore” e sua turma o
“Funk Cia.”, que inclusive fizeram à abertura da novela Partido Alto,
na Rede Globo, sem esquecer que o Funk Cia. já vinham de muito tempo
atrás; desde a época do Black Power dançando Funk no bailes de São
Paulo.

Thaíde e o Humberto, ou melhor, o DJ Hum, MC Jack que também é DJ,
Pepeu, Racionais Mc's. General G.,Considerado um dos melhores vocais e
uma das melhores levadas de Rap, MC Mattar, nome artístico
(pseudônimo) utilizado por Marcelo Cirino, Mister Theo, Ndee Naldinho,
Geração Rap, Sampa Crew, Dynamic Duo,

Os irmãos Metralhas, também apareciam no cenário.

Esses nomes mencionados acima, embora alguns desconheçam e ignoram o
fato, foram os primeiros RAPPERS a gravar disco de vinil.

Na época existia um concurso nacional de Break, o inesquecível
Programa de auditório Barros de Alencar, que apresentou os grandes
Poppers como Os Cobras e as Buffalo Girls e a grande final entre Os
Dragon’s Breaker’s versus Gang de Rua (de Santos).

O Gang de Rua, foi fundado por Marcelo Cirino, e contava com mais três
integrantes: Tijolo, Jorge Paixão e Daniel Paixão ( o rapper da
gravadora Trama: Criminal D.).

Depois da febre de 85, surgiram nomes como: Back Spin, Jabaquaras
Breakers, Red Crazy Crew, Street Warrior’s e Nação Zulu, que
mantiveram vivo a arte do B.Boy.

Toda essa galera dançavam na Rua 24 de Maio, mas foram perseguidos por
lojistas e policiais; depois foram para a São Bento e lá se fixaram.
Houve um período de divisão entre os breakers e os rappers, os
primeiros continuaram na São Bento, os outros foram para a Praça
Roosevelt.
Mas em 1988 foi lançada a 1.ª coletânia de rap nacional chamada
CULTURA DE RUA, de onde saíram na ordem de destaque THAIDE E DJ HUM,
CÓDIGO 13, O CREDO E MC JACK( hoje Dj Mc Jack foi o 1.º dj a
representar o Brasil no DMC WORLD- 1996) entre outros.

Logo em seguida saiu o álbum CONSCIÊNCIA BLACK de onde saiu o grupo
RACIONAIS MC´S.

Em 1989 THAIDE & DJ HUM gravam o 1.º disco solo de um grupo de rap no
Brasil de titulo “ Pergunte a quem conhece “.

rap no Rio de Janeiro

No Rio um bonde ficava na praça Saens Pena e outro no Largo da Carioca
no meio dos anos 80 , gente como Def Yuri , Suave , M.F.C. , Lord Sá (
em memória) Tito e outros e na Baixada Fluminense (Mesquita , Caxias ,
Nova iguaçu , Relford roxo) um montão de manos como por exemplo:Mad ,
Luck , Genaro , Mocassin de Caxias e outros...

Em 1985, o Dj Marlboro apareceu em São Paulo para vários bailes e
trouxe consigo algumas fitas com demos de grupos de rap cariocas. Já
naquela época, o estilo miami bass era o mais utilizado pelos rappers
do Rio.

Um dos melhores rappers cariocas dessa época era "Afrika Batata" que
cantava uma música autobiográfica, com letra cômica, sobre seu
nascimento até a estréia como rapper. O rapper MC Tito (Tito Gomes)
fazia parte dessa banda lendária.

Também havia um grupo chamado "Funk Firmeza". Tito continua em
atividade e é um dos rappers mais criativos do RJ, nos últimos anos.

Marlboro produziu um rap sobre a base instrumental da música "O quê?"
dos Titãs. A letra dessa música falava de preconceito contra as
pessoas que curtiam funk na época. O vocal ficava a cargo do rapper
Move (Marcelus), membro do Africa Batata.

Exemplos como os citados aqui ocorreram no país inteiro e ao mesmo
tempo, portanto, é quase impossível identificarmos onde realmente o
rap nacional eclodiu pela primeira vez.

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