O pior momento da crise econômica no Brasil já passou e as perspectivas de recuperação parecem confirmar-se para o final do ano ou começo de 2011, porém suas conseqüências ainda são sentidas em todo mundo. No Brasil, alguns especialistas dizem que a crise não chegou em sua força máxima, mas mesmo assim fez estragos.
A triste imagem das filas de emprego ainda é uma realidade. Porém, no Rio de Janeiro a população da Baixada tem uma esperança: As oportunidades de emprego criadas pelos pólos petroquímicos e gás-químico. Foi uma criação imensa de empreendimentos que deram origem a esses pólos e, consequentemente, a milhares de empregos. De acordo com a Fundação CIDE (Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro), quando o assunto é economia, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Itaguaí estão entre os 20 melhores municípios do estado do Rio de Janeiro.
Mas as novidades não param por aí. Assim que a instalação do Pólo Gás-químico for finalizada, o Governo já prevê uma nova Refinaria na região, o que irá gerar mais empregos e infra-estrutura para todos moradores. Todas essas novidades estão movimentando o setor imobiliário da região. Em Nova Iguaçu, por exemplo, é comum vermos prédios sendo construídos e os apartamentos somem rápido da página de classificados.
Toda esta perspectiva de bons negócios tem influenciado os micros e pequenos empresários. Desde que a crise econômica chegou ao Brasil, o número de pessoas que procuram a associação de micros e pequenas empresas aumentou 25%. Porém, a explicação desta explosão não é somente o futuro próspero prometido a Baixada Fluminense, mas é também um reflexo da crise. Os micros empresários estão usando o dinheiro das indenizações pelas demissões para abrir seus próprios negócios. Neste momento a Associação ajuda a indicar o melhor negócio ou sugerir fontes de financiamento (Bancos e a Agência de Desenvolvimento do Rio de Janeiro, a INVEST-RIO) para abrir o empreendimento.
O trabalho da Associação vai além da orientação. Eles também oferecem cursos com turmas de 30 a 60 alunos, para qualificação de trabalhadores que acabam trabalhando nessas micros e pequena empresas. Os cursos vão da área de refrigeração à manutenção de micro computadores. De acordo com a Associação, atualmente existem na Baixada Fluminense 90 mil micros e pequenas empresas gerando 500 mil empregos e faturando cerca de dois bilhões de reais ao ano. São números impressionantes que fazem da Baixada Fluminense um importante centro econômico do Estado do Rio de Janeiro.
Hip Hop da Baixada
A cultura na Baixada Fluminense possui as mais diversas vertentes, tendo como ponto principal as danças de ruas, em especial o HipHop. O MC, WRITTER e CINEASTA Luiz Cláudio Pontes dos Santos , conhecido no cenário musical como Slow, é um forte representante do movimento HipHop. Slow é vocalista da banda Soul Sônico e tem um trabalho solo, onde usa o pseudônimo “Slow da BF”.
O rapper começou a carreira por influência do pai, que trabalhava como DJ no clube Cassino Bangu, e trabalhando em lojas de vinis, descobriu a verdadeira paixão pela música. “A música é nossa ligação com o invisível, porque quando criamos uma letra ou uma melodia estamos sendo deuses de nossos sentidos”.
Seu novo trabalho, ALÉM DA CALAMIDADE VOL. 1, traz uma mistura de chorinho, jazz, reggae, samba, forró, eletro bass e claro, muito rap. Para o músico, o rap também é poesia e discorda dos críticos que analisam o rap como forma de protesto, crítica, “música de preto ou musica de favela”. Segundo ele, “o rap é tudo isso e muito mais, ele é alegria, técnica, música de branquelo, música de milionário.
É MÚSICA, e música não tem dono, nem rédea”. Além de cantar, PINTAR e filmar, Slow também se preocupa com a formação profissional e social dos jovens da região. Ele faz parte de diversos movimentos sociais entre Ong’s, Instuições de Ensino, Presídios e Casas de Cultura.
Os trabalhos sociais desenvolvidos por Slow :
Projeto Cine Caceragem, realizado na 52ª Delegacia de Polícia. O projeto é um eixo da Companhia Brasileira de Cinema Barato, de criação do compositor e ex-baterista do grupo O Rappa, Marcelo Yuka.
Projeto mais educação e cinema para todos...
Para divulgar seu trabalho, o rapper utiliza a internet, expondo suas idéias através de seu Blog “todo dia um texto novo” e também usa o mysapce para mostrar seu som. Pelos trabalhos musicais realizados, Slow já recebeu o prêmio Hutúz de melhor MC de batalha do Brasil, considerado o Oscar do HipHop, entre outras premiações.
Por Carolina Perez
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