O slam tem um momento conhecido lá por volta da década de 80, por iniciativa do operário pintor Marc Smith, e se alastrou pela Europa, principalmente pela França, onde repercutiu fortemente nos anos 90.
O slam chama a atenção por ser uma manifestação cultural e social que está no limite, ou unindo, a literatura e a música, na qual a palavra e a oralidade se encontram de forma compassada.
O freestyle é a força maior que move o real mestre de cerimonias , é feito em qualquer lugar , e é contagiosamente agregador , pois não pede nenhuma qualificação a mais , do que ter o dom.
Alguns dos principais slameurs são Hocine Ben, N'dje, Dgiz, D’, Felix, Jacky, Rouda, Sancho e Grand Corps Malade.
Com raros improvisos, os participantes já chegam com seus próprios textos previamente escritos, e, para participar dos encontros de slam, não é necessário ser poeta.
Pessoas de diferentes classes sociais, gerações e origens são convidadas a participar da prática como um lugar de escuta e de convivência com a diferença.
Nos encontros, ou “disputas”, os slameurs, como são chamados os adeptos do slam, declamam, lêem, marcam o compasso e brincam com seus textos.
A palavra freestyle está no cruzamento de múltiplas influências culturais.
Os contos griots, narrados na Africa, herdeira de uma longa tradição popular, alimentaram o imaginário , o repente nordestino influencia ainda hoje , o partido alto é muito influenciador também.
Nos anos 80, com a chegada do hip hop nas periferias do mundo o freestyle e slam se espalharam e nomes como Bussy B , Kool Moe Dee , LL cooj ,Supernatutal e Eminem levaram o improviso ao nivel máximo.
Esta manifestação desperta o interesse para a poesia e para a arte de versar. Rapidamente, o talento toma um lugar especial na sua criação e é com o slam que o rap encontra um espaço contemporâneo dedicado ao contador urbano.
Na linha dos Last Poets, de Gill Scott Heron, ou do cantor de rap Chuck D, o slam ressaltam a oralidade e volta à origem do rap: a voz.
O freestyle e o slam ,tentam, a partir da fala poética, construir uma mitologia urbana na qual se cruzam príncipes e princesas, magos e piratas, torturadores e vitimas.
Na cidade labirinto, os destinos de uns e de outros são contados com humor, carinho, afeição, e, às vezes, revolta ,o cenário de vadios, de azarados de todos os cantos revelam histórias universais.
Eu faço parte deste mundo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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