Há, pois, uma parte de mim que precisa da regularidade dos hábitos e da presença próxima dos livros de que se foi rodeando, e outra que quer fugir e vagabundear sem horas nem mapas, que se quer perder de si mesmo e do mundo.
Sei que pode pareçer fraqueza...Pois que seja fraqueza então...
Fico embasbacado com a cobertura rídicula que as senhoras da informação fazem com o cotidiano, transformando imagens que já me cansei dever, em todas as favelas que ando , ou seja, o que é rotina para muitos seres humanos ameaçados por varias forças contrarias a paz vira capa de jornal...
Queria poder andar porqualquer lugar que eu meu mapa cardíaco escolhesse...
Gosto de caminhar horas seguidas pelas alamedas de SJM ou pelos parques de CAXIAS, de entrar em museus ao acaso e de interromper o passeio para um café.
Gosto de vagabundear, pois, e não raro imagino que poderia ser feliz vivendo longe de casa, passeando uma imponderada nostalgia pelas ruas e praças de países distantes desde que não cruze com COLLORS E ARRUDAS.
Que seria capaz de morar em Londres, Paris ou Nova Iorque, em Praga ou em Budapeste, mesmo sabendo que não seria feliz em Londres, Paris, Praga ou Nova Iorque.
A cidade do Rio faz aniversário e os presenteados são os seres humanos que tem que conviver com os traficantes de meia pataca que andam em suas motos com seus fuzis pareçendo lanças da idade média , Dom Quixotes cheios de cocaina na mente , ao invés de sonhos...
Já dizia BOB MARLEY:
"Você corre e você corre
Mas você não pode fugir de si mesmo,
Poderia você correr de si mesmo,
Poderia você correr de si mesmo
Não pode correr de si mesmo,
Não pode correr de si mesmo"
Não há fuga de si mesmo , por mais que corramos na estrada do tempo...
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