Hoje, pensando em amanhã, sinto aquela vontade de ir pra Terra do Nunca saborear nuvens de algodão doce, deleitar-me num gramado de marshmallow e esconder-me em árvores de chocolate sem me preocupar com taxas de insulina estourando no organismo (supostamente, na Minha Terra do Nunca eu posso fazer tudo e continuar saudável, rs).
Ele, às vezes, é como um Peter Pan perdido... sua sombra me acalenta e, quando tenta fugir, estou lá pra impedir que se separe do seu corpo de tons e texturas como um quadro fiel a Da Vinci.
Outras vezes, é um Oliver Twist tentando sobreviver diante das agruras do egoísmo.
De Willy Wonka sua personalidade tem um pouco...um pouco de sombrio... olhos expressivos como um facho de luz de cometa milenar e respiração numa cadência de descompasso livre e direcionada, quente e úmida.
Com ele sinto que ganhei o bilhete dourado e virei sócia da fábrica mais deliciosa de chocolate de um mundo animado e fluorescente. Ao seu lado sinto que não mais sou órfã de romantismo e poesia... sinto que posso ler o pensamento do gato de Alice mesmo que, de vez em quando, esteja num país com poucas maravilhas...
No céu de Fantasia vejo um Rei Leão cantando feliz da vida e admiro a versão singela de uma rosa pertencente a um conto de bela e fera, que povoou meu imaginário há algum tempo, quando no dia das crianças ganhei uma Barbie, a única que tive (o que a torna mais especial).
Sinto saudades com gosto de bolo de aniversário do tempo em que balançava e cantava todos os dias e brincava de casinha com minha mãe. Meu pai fazia armário de madeira, mesa e cadeirinhas. Eu tomava banho de mangueira e me sentia completa. Muitas gargalhadas gargalhantes gargalhosas...
Hoje comemoro com minha sobrinha, a luz divina que nesse momento envolve nossa família, o dia de amanhã. Com apenas dois dentinhos, seu sorriso é o mais fascinante.
Daqui a uns anos, vivendo na Terra do Nunca com meu Peter Pan, os sorrisos de dia das crianças serão em nossa casa, dentro de uma árvore cheia de amor, fé, saúde, música, poesia e olhos brilhantes...É nisso que tenho fé e é nisso a que me agarro todos os dias quando vejo no espelho o mesmo brilho nos olhos de quando a infância era palpável... se chegar perto ainda é, à sua maneira...
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