Como se diz que se ama com todas muitas variadas cores?
Como se diz que o amor que se tem agora no peito é do mundo, é do mistério, é da vida?
Como se diz que o amor é o brilho dos meus poros ares olhos mares?
Como eu dizer pra você o quão perfeita é a cadência, o nosso ritmo sincronizado minutado descompassado e com futuro?
Como eu dizer, "cara, não é que não tava errada em achar que eu ia te esbarrar?"
num era claro como espuma de detergente, que a gente ia se lavar no primeiro encontro?
Num era claro que teria circo, maria mole, o medo da trapezista, as cores da roupa do palhaço, a valentia do leão?
Como se diz que eu já sabia de tudo como a velha e boa cartomante, vestida de vermelho, um convite a beijar?
Como se diz que se ama com muitos modos e muitos medos, muitos tropeços e atropelos, e nunca o bastante, sempre curto e corte profundo?
Como falar do amor como sendo um só, como sendo só, como sendo, como?
Como não falar em generosidade, em respiração, em dúvida, em reação?
Como se diz que se ama sem assumir a alma?
se o amor for uma entidade sem fins lucrativos e com cunho artístico: PUM-PAF, mudou sua vida.
Como dizer que o amor é a flor, o tesão, as capitais, todos os continentes, o egoísmo, o chão de poeira, a calma e o poder transformador da água?
Que o amor acontece à beira do pantanal?
Talvez não diga nada.
Sempre descosido, construído em torno de ingênuas rodas vivas, de ciranda, samba e choro, o amor é o balanço pendurado naquela goiabeira: o impulso pra frente e a volta pra trás.
Estranhas humanidades minhas e suas.
Cuecas e calcinhas nos varais.
Fluxo vivo de poesia.
Danielle francisco...
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