TODO DIA ...É 1 TEXTO NOVO!!!

24 de jul. de 2009

"Conheceis a verdade e ela vos libertará".

A alguns anos a Central Única das Favelas vem trilhando um caminho de sucessos contínuos, seus mentores, os senhores Celso Athaíde e o rapper MV Bill disparam discursos politizados e polêmicos, conseguindo de forma surpreendente um espaço na poderosa emissora Globo.
Os anos se passam e muitos jovens do hip hop em busca fama e sucesso, iguais os construÍdos para MV Bill, enxergam na CUFA a grande oportunidade de suas vidas e fecham os seus olhos para a verdade que pula constantemente em seus corpos, ignorando a realidade vivida no hip hop do Rio de Janeiro, onde a CUFA é desprezada pelos praticantes do hip hop.

Na formação da Cufa, Celso Athaide brincou com o sonho de muitos jovens no Rio de Janeiro, jogando um jogo sujo para conseguir suas metas e objetivos, sempre utilizando temas polêmicos em suas empreitadas rumo ao DINHEIRO.
Agora, depois de alguns anos, estão subindo a superfície OS PODRES DA CUFA, alguns podem ser conferidos através da matéria do jornalista da Veja, DIOGO MAINARDI, onde mostra o envolvimento de Celso Athaide e MV Bill em operações ilícitas que estão sendo investigadas da CPI da Petrobrás, mas isso é a ponta do iceberg, pois a CUFA foi construída dentro de uma fossa e a partir de agora quanto mais se mexer, mais sejeiras serão encontradas.

Este texto, é um apelo meu aos jovens que fazem parte da CUFA, converse com pessoas ligadas ao hip hop do Rio de Janeiro e saiba o que é a CUFA e quem são Celso Athaíde e MV Bill, peço também a todas as autoridades competentes que tirem as vendas dos olhos e investiguem Celso Athaíde e MV Bill, investigue os projetos HUTUZ, LIBBRA - Liga Brasileira de Basquete de Rua, os discos e os livros.
Durante alguns anos venho estudando o hip hop no estado do Rio de Janeiro, e conheço muitos jovens que participaram da Cufa, aprendi a respeitar o hip hop e a entender o porque ele é tão forte nas periferias, é lamentável que, por causa de pessoas gananciosas, uma cultura como o hip hop seja ferramenta para que se cometa crimes e o pior, mais uma vez a imagem da periferia fica manchada.

Marcelo Guimarães Filho
Sociólogo e Cidadão


E Leia tambem a matéria publicada na revista Veja:

O hip hop da Petrobras

“Duas empresas de fundo de quintal receberam
8,2 milhões de reais da Petrobras, em 102 contratos”

O hip hop da Petrobras é de MV Bill. Ele canta: “Sou rapper bem! Sou aliado dos manos”. Eu pergunto: quais manos? Algumas semanas atrás, a CPI da Petrobras recebeu uma planilha contendo os contratos assinados pelo departamento de marketing da empresa. Os contratos cobriam só um ano: 2008. E cobriam só uma área da empresa: a área de abastecimento, que até abril deste ano era chefiada pelo petista baiano Geovane de Morais, nomeado por outro petista baiano, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.

Uma das empresas incluídas na planilha encaminhada à CPI despertou meu interesse: R.A. Brandão Produções Artísticas. Em 2008, ela ganhou mais de 4,5 milhões de reais da Petrobras, em 53 contratos. Ela fez de tudo: de cartilha sobre o meio ambiente (98 000 reais) até bufê em obras de terraplanagem (21 000); de dicionário de personalidades da história do Brasil (146 000) até “design ecológico em produtos sociais” (150 000).

MV Bill, o “aliado dos manos”, surgiu nesse momento. Em 2007, ele publicou Falcão: Mulheres e o Tráfico, editado pela Objetiva. O livro é assinado também por Celso Athayde, seu empresário e seu parceiro numa ONG: a Central Única das Favelas – Cufa. A particularidade do livro é a seguinte: seus direitos autorais, em vez de pertencerem a MV Bill e a Celso Athayde, pertencem à fornecedora da Petrobras, a R.A. Brandão Produções Artísticas.

Perguntei a Roberto Feith, da Objetiva, o que MV Bill tinha a ver com a empresa contratada pela Petrobras. Ele se negou a responder. Uma repórter de VEJA fez a mesma pergunta à assessoria de MV Bill, que atribuiu a Celso Athayde a responsabilidade integral pelo projeto do livro. Celso Athayde, por sua vez, ao ser indagado desligou o telefone. Como canta MV Bill, em Como Sobreviver na Favela: “A terceira ordem é boca fechada, que não entra mosca e também não entra bala”.

A R.A. Brandão Produções Artísticas está registrada em nome de Raphael de Almeida Brandão. Ele tem 27 anos. O capital da empresa, segundo a Junta Comercial, é de 5 000 reais. Como uma empresa dessas, de fundo de quintal, conseguiu ganhar 4,5 milhões de reais da Petrobras é uma pergunta que tem de ser respondida pela CPI. Trata-se de uma empresa de fachada? Ela é controlada por MV Bill e Celso Athayde? Ela realmente recebeu pelos direitos autorais de Falcão: Mulheres e o Tráfico ou limitou-se a fornecer notas frias aos seus autores? Nesse caso, ela forneceu notas frias aos “manos” da Petrobras?

Mas há um fato ainda mais escabroso. A R.A. Brandão Produções Artísticas está sediada na casa de Raphael de Almeida Brandão. No mesmo local está sediada também uma segunda empresa: a Guanumbi Promoções. De acordo com os documentos da CPI, a Guanumbi Promoções recebeu – epa! – 3,7 milhões de reais da Petrobras. Somando as duas empresas, portanto, foram mais de 8,2 milhões de reais, em 102 contratos. Na maioria das vezes, elas emitiram notas para os mesmos eventos, com as mesmas datas. Foi assim no caso de uma festa em Mossoró, no Rio Grande do Norte, de um evento de Fórmula Indy, em Indianápolis, e de um agenciamento do Hotel Blue Tree, para a Fórmula 1, em que uma empresa faturou 159 000 reais e a outra faturou
146 000 reais.

MV Bill sabe como sobreviver na favela. Ele sabe melhor ainda como sobreviver na Petrobras.

Por Diogo Mainardi





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Um comentário:

  1. Não vou entrar no cerne da discussão, porque desconheço mesmo esse contexto, da CUFA do MV Bill. Lógico pode sim ser tudo verdade, vc pode saber muito mais do que eu. O que eu gostaria de questionar é esse autor, do segundo texto, o tal Digo Mainardi, não acho que ele está preocupado, como vc, com os jovens enganados pelo tal MV Bill, a preocupação dele é muito mais em falar mal da Petrobrás! Lógico. A VEJA é uma revista horrorosa, gente.
    Vamos combinar...
    Enquanto você está de fato preocupado com os jovens que buscando um caminho possível na difícil vida nas periferias se associaram a uns caras que, pelo que tudo indica, conseguiram prestígio mas não estão dividindo com correção o pão que recebem de empresas que apoiam (ou deveriam apoiar) trabalhos sérios, esse jornalista está preocupado em enlamear a tal empresa simplesmente porque ele não concorda com a política do atual governo, etc... (o que nos faz supor que ele apoia a oposição tão somente, certo?).
    Isso não quer dizer que vc não deva sim denunciar os caras errados, mas o porta-voz dessa causa não pode ser o almofadinha Mainardi... Eu acho!

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