Hera
Hera para os gregos, Juno para os romanos, a Rainha do Olimpo, governava junto ao seu marido Zeus.
Ela era filha de Cronos e Réia, a Grande Mãe deusa titã.
Hera foi extremamente humilhada com as aventuras de Zeus. Ele desonrou o que ela considerava de mais sagrado: o casamento.
Favoreceu seus filhos bastados em detrimento de seu legítimo e pisoteou seu lado feminino quando ele mesmo deu à luz a sua filha Atenas, demonstrando que não precisava dela nem para conceber.
Nos dias atuais, embora a mulher através de árduas penas tenha conquistado seu espaço, os casamentos não se modificaram tanto assim. Permanecemos em uma sociedade patriarcal e o casamento ainda é considerado como uma instituição de procriação.
As mulheres continuam a sofrer violências domésticas e profissionais e a busca do tão almejado casamento por amor com satisfação sexual plena é castrado pelas concepções obsoletas cristãs.
Mas, muito embora todas estas limitações e deficiências do casamento, a mulher sente-se profundamente atraída por ele. Romanticamente todas sonham em compartilhar a tarefa de criar seus filhos e estabelecer uma unidade chamada "família".
Afrodite
Há duas versões sobre o nascimento biológico desta Deusa. Na versão de Homero, Afrodite nasce de modo convencional, como sendo filha de Zeus e Dione, ninfa do mar. Já na versão de Hesíodo, ela nasce em conseqüência e um ato bárbaro. Cronos, cortou os órgãos de seu pai Urano e os atirou no mar.
Uma espuma branca surgiu em torno deles e misturando-se ao mar, gerou Afrodite.
Sendo assim, Afrodite é filha do Céu e do Mar, a Deusa Mãe original em muitas tradições, e o primeiro fruto da separação do céu e da terra. Como foi gerada no mar, é a filha do começo, é a figura que, igual a Deusa original, volta a unir as formas separadas de sua criação.
Nesse sentido, Afrodite "nasce" quando as pessoas recordam, com alegria, o vínculo que une os seres humanos com os animais e com toda a natureza e ainda, quando percebem esse vínculo como uma realidade clara e sagrada. O mito sugere que isso aconteceu mediante o amor. A união se converteu em reunião, pois o amor que gera vida se faz eco do próprio mistério da vida.
Se aplicarmos as caracteristicas de hera hoje em muitos casos veremos que ainda hoje as coisas são muito iguais ,no trato com o mito mulher e no trato com a imagem de mulher , mas se analisarmos o segundo caso , afrodite , veremos o quão distante estamos da definição mais correta da divindade pura e nata , que é a mulher.
Há poucos anos a Kaiser fez um comercial que dizia que eles haviam feito uma pesquisa sobre “quais eram as ‘coisas’ que o brasileiro queria ver em comerciais de cerveja”. Mulheres ganharam com X% (não lembro os números), extraterrestres ficaram com Y%, animais ficaram com Z% e não sei mais o que ficou em último.
Muitas mulheres e alguns homens ficaram indignados e enviaram vários e-mails para a cervejaria e para a agência publicitária por colocarem a mulher como “coisa”, e o comercial saiu do ar em pouco mais do que uma semana.
Esteve no ar há pouco tempo outra propaganda mais sutil. Era da Nestlé, sobre um chá em lata (creio ser Nestea o nome do produto). Nela aparece uma mulher passando aspirador de pó na sala enquanto seu marido está sentado no sofá lendo jornal.
Faço três perguntinhas: porque em um comercial de chá é preciso colocar esse tipo de “definição de papéis” em uma casa? Em qual comercial nós (homens e mulheres) acreditamos ser “aceitável” esse tipo de “definição”?
Não saberei precisar o ano (algo entre 1998 e 2000), mas me lembro da minha indignação, com toda razão, com uma reportagem na revista Nova da editora Abril.
A reportagem tinha o seguinte título “Dez coisas para você (referindo-se às leitoras da revista) fazer para não perder seu homem”. Dentre as preciosidades que a revista, dita feminina, aconselhava a fazerem estavam alguns absurdos.
Sinceramente não vou reproduzir aqui quais eram, porém havia um conselho que achei curioso: levar café na cama todos os dias (café na cama é muito bom, mas todos os dias?
E porque só a mulher deveria fazer isso?), deveriam mudar o título para “Dez coisas para você fazer para não perder seu patrão”...
Qualquer comentario sobre esse assunto deve ser feito ,antes do dia 8 de março de 2011...
Ao ler o aviso qualquer comentário sobre esse assunto, fiquei achando que era um post de antes de 8 de março desse ano. Lógico é de ante-ontem, 12 de abril. Então, estou fazendo o comentário antes de 08 de março dode 2010. OK!
ResponderExcluirLocalizado quero parabenizá-lo é raro homens falarem com essa verve eu não diria feminista, porque não é necessário assinar cartilha feminista para ser a favor dos direitos da mulher, gostar da mulher sejam elas donas de casa, modelos de propaganda, deusas ou simplesmente mortais como nós, outros.
Saudações. Valeu =)