Achei interessante a sugestão de leitura num contexto mais humanizador do que de costume. Fiquei realmente empolgada por ler Sylvia Plath pela primeira vez!
The Bell Jar (no Brasil A Redoma de Vidro; em Portugal A Campânula de Vidro) é o único romance da escritora e poetisa norte-americana, o qual foi publicado originalmente sob o pseudônimo d "Victoria Lucas" em 1963.
Embora não seja um livro autobiográfico, pois o nome de pessoas e de lugares foram trocados, a doença mental da protagonista (Esther Greenwood) é bastante semelhante às experiências que Plath teve com o que pode ter sido um transtorno bipolar ou uma depressão clínica. A autora cometeu suicídio um mês após a primeira publicação da obra.
A descrição da depressão é desconcertante. Para a protagonista a sensação é de estar numa redoma de vidro sem conseguir respirar. Meu deslumbramento se construiu ao ler e imaginar a carga emocional dispendida para descrever um transtorno tão doloroso. Num dado momento, foi preciso parar de ler pois a sensação de estar vivendo o desenrolar da depressão junto a Esther é vívida e quase sufocante.
No seu primeiro ano em Smith College, Sylvia tenta o suicídio pela primeira vez, tomando uma overdose de narcóticos. Detalhes sobre outras tentativas, documentadas oficialmente ou não em seu histórico médico, estão presentes no livro em forma de crônica. Após esse episódio, Plath esteve brevemente comprometida a uma instituição psiquiátrica, onde recebeu terapia atavés de eletrochoques.
Na manhã de 11 de fevereiro de 1963, Plath veda completamente o quarto das crianças com toalhas molhadas e roupas, deixando leite e pão perto de suas camas, tendo ainda o cuidado de abrir as janelas do quarto, ainda que em meio a uma forte nevasca. Em seguida, toma uma grande quantidade de narcóticos, deitando logo após a cabeça sobre uma toalha no interior do forno, com o gás ligado, morrendo passado pouco tempo.
Na manhã seguinte foi encontrada pela enfermeira que havia contratado, Myra Norris, que, quando chegou ao apartamento, sentiu um cheiro muito forte de gás. Pediu ajuda. A porta foi arrombada. O quarto das crianças estava gelado, e ambas com muito frio.
Em 16 de março de 2009 seu filho Nicholas Hughes (biólogo marinho e professor universitário em Fairbanks, Alasca), em consequência de uma depressão, também cometeu suicídio enforcando-se em sua casa. Não era casado e não tinha filhos.
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