Do século XVII ao século XXI.
Hoje, mais do nunca, começamos a assumir que todos nós, brasileiros, descendemos de negros, de um modo ou de outro. Pois, independentemente de nossas raízes genealógicas, nossa cultura tem a África como mãe. Entre os dois continentes está o Atlântico Negro.
Tribais ou cibernéticos, pilotando atabaques ou laptops, artistas ou guerreiros, doutores ou vendedores de balas, os zumbis se espalharam por todo o país e continuam a fazer, de sua história, a própria história do Brasil.
O país de várias etnias nem sempre respeitou suas diferenças, mas acabou amalgamando todas numa única nação, espécie de Nação Zumbi. Nas palavras de Chico Science, Zumbi vive.
Não por acaso nosso herói é considerado o líder negro de todas as raças.A escola de samba Unidos de Vila Isabel venceu seu primeiro campeonato no grupo especial, em 1988, c/ o enredo Kizomba, a Força da Raça. Festa da azul e branco de Noel Rosa e Martinho da Vila em homenagem a Zumbi.
Jorge Ben Jor está certo: Quando Zumbi chega, é Zumbi quem manda.
Que sejam ao menos
discutidos os sistemas de cotas e ações afirmativas nas universidades públicas para descendentes de indígenas e negros, ou qualquer outro mecanismo que assuma a dívida social, econômica e humana que o Brasil tem com todos nós, zumbis do terceiro milênio.
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