poesia 1
Acordo de noite subitamente e ja corro e corro louco pra escrever
E o meu relógio ocupa a noite toda tenho a noite toda pra não ser
Não sinto a Natureza lá fora só as minhas verdades claras e francas
O meu quarto é uma coisa escura com paredes vagamente brancas.
Lá fora há um sossego como se nada existisse , crime, dor crac
Só o relógio prossegue o seu ruído.infinitamente tic tac tic tac
E esta pequena coisa de engrenagens que está em cima da minha mesa
Abafa toda a existência da terra e do céu e minha alma segue ilesa
Quase que me perco a pensar o que isto significa loka vida loka
Mas estaco, e sinto-me sorrir na noite com os cantos da boca,
Porque a única coisa que o meu relógio simboliza ou significa
É a curiosa sensação de encher a noite enorme na rima que fica
Com a sua pequenez...
poesia 2
Ó mar salgado, quanto do teu fevereiro/ São lágrimas do Rio de Janeiro?
Ó mar salgado quanto rap verdadeiro / São poemas de valas e bueiros?
Por te cruzarmos, quantos sambas,/Quantos filhos se tornaram bambas!
Por te cruzarmos quantos morros / Quanto lixo não cabe nas caçambas?
Quantas noivas ficaram no baile funk/ Para que fosses o Rio rock e punk?
Quantas favelas se encheram de yanks / Para consumir haxixe e skunk?
Quantas cervejas foram sorvidas/Para que histórias fossem esquecidas?
Quantas chacinas na Baixada não deram em nada só fotos envelhecidas?
Valeu a pena? Tudo vale a pena sem Kao/Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador ou Arpoador para filmar essa cena?
Quantas mais ricas e futeis Helenas ao invés do partido alto no cinema
Quantos mais Leblons e gente fora do tom ao inves do que vale a pena
Tem que lutar essa luta injusta e comprada e garantir o futuro teu
Ricos mais ricos e pobres mais pobres na Upp que hoje apareceu
Tem que passar além da dor./Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.e a simbiose de 2 mundos aconteceu
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