POLÍTICA DE EVENTOS OU POLITICA CULTURAL?
A Saga e Périplo a Ser Enfrentada Pela Secretaria de Cultura
Foi
realizado em Areia Branca em fins de maio passado um mega show que
envolveu a caravana da Furacão 2000 empresa de nosso Secretário
Municipal de Cultura Sr. Rômulo Costa - O Pai Moreno do Funk e a Banda O
Rappa que tem aqui entre nós mãos, pés e inspirações.
O Rappa é a
banda formada inicialmente pelo músico Marcelo Yuka - que foi um dos
integrantes da histórica KMD5 (Negril, Dida Nascimento), banda que junto
ao Lumiar (Cidade Negra) foi precurssora de um grande movimento em
Belford Roxo, o chamado movimento reggae, que pode ser incluído como um
movimento sócio cultural de grande abragencia - Ver tese Memória Musical
da Baixada Fluminense do Sociólogo André Leite.
Além de Marcelo
Yuka, O Rappa, teve a gestação na cabeça reggueira sem limites de Nelson
Meireles (caramba por onde anda vcê cara...?), que foi o produtor da
banda Lumiar, levando-os a gravadora sony (selo Epic) e a serem
posteriormente, mundialmente, consagrados como Cidade Negra.
Ainda
após a sua sahída do KMD5, que tinha Lauro Farias, como um dos
fundadores e baixista, Marcelo Yuka, montou o Conexão Xangô (caramba e
você Keba por onde anda?...), banda que tive a oportunidade de fazer um
som na época de minha banda Postura Africana, em um mesmo evento, aqui
mesmo, em Belford Roxo na antiga Esther drink´s, hoje, Mega
Titanium...
E lá, eu ousarei dizer que Yuka, lança publicamente os
pilares do que seria o Rappa, pois em entevista ao Marcos Ferrari, que
fazia um programa de reggae na Rádio Fluminense - esquecí o nome do
programa mas a vinheta surge aqui na cachola...(hô Saudade!!! e por onde
anda o Marcos Ferrari?), falou jah em bateria trigada e ligada a um
cérebro e jah o Conexão fazia uma onda de reggae, ragga bem pesada com
guitarras pesadonas, naipe de metais e uma onda bastante eletrônica -
mas vinda só das baterias, com loopings e fader e sei lá mais o que.
Então posso afirmar nesta sexta feira de sol que O Rappa tem mãos, pés e insprações aqui em nossa Belford Roxo.
Durante
o show, Lauro Farias, que é irmão de Bino Farias do Cidade Negra e de
Otácilio Farias - O Cilinho - que foi da BBBT, do Negril - quase todos
os irmãos são excelentes músicos inclusive o pai, as irmãs são
absolutamente maneiras (rs) - e hoje faz o baixo da carreira solo do
broder Da Gama (ex Cidade Negra), foi justamente homenageado e retribuiu
o gesto de maneira incrivelmente simpática a sua Terra...A sua
autóctone Belford Roxo, oriundo da Pian que é: Agradeceu e ofereceu a
moção pública recebida a todos nós que fazemos cultura e arte aqui na
"área": a gradeceu a mim, Sylvio Neto, pela potencialização da "cena"
literária e poética a custas dos projetos Poesia Na Varanda e Poesia Na
Câmara, agradeceu a Dida Nascimento, pela "restauração" do histórico
Espaço Donana em seu reinício de atividades (que eu ainda não prestigiei
em uma atitude de erro profundo pois que Dida está sempre nos Sarais
junto a sua linda Cigana poetisa do Pó de Poesia e Jardim de Clitóris),
agradeceu também e ainda a vários outros tantos manos que pegam no
pesado tentando enlevar a identidade sócio cultural dos nossos, que
buscam através de um encontro com a cultura local, autêntica e autócnone
e ainda com aquela temperada com os processos migratórios que
encontraram fim e pousio, aqui na Belford Roxo, nossa, quebrar, partir,
desconstruir os "estigmas' imputados a nossas costas, enfim, agradeceu e
ofereceu a moção publica aos que trabalham insistentemente na
construção de uma auto estima afinada com as possibilidades de
tranformação socio cultural.
Hoje pela manhã...Enviei a Lauro um
mail, agradecendo sua envergadura moral diante das autoridades públicas
de Beford Roxo, alguns representantes do Legislativo e o Secretário
Municipal de Cultura Rômulo Costa...
Não distante do agradecimento e da
emoção a um reconhecimento público a cerca de seu trabalho e importância
para o Municipio, Lauro Farias, foi além da nervura do real existente
naquele exato momento - pois a atitude das autoridades, não se sustenta
no dia a dia do fazer e do pensar político - a cena criada é um lapso um
ponto fora da curva - quisera poder ela se repetir mandato a
seguir...
Sensível, Lauro decerto percebeu a Caixinha de Pandora, o
Cavalo de Tróia, o Trojan que seguia junto aquela "moção pública" e
lembrou daqueles que já citei acima, daqueles que fazem existir uma
politica de resistencia cultural em um Municipio que não comtempla uma
política cultural, a um Municipio que não tem diagnosticada a sua
situação cultural, ou sócio-cultural, a um Municipio que não tem
linkadas as suas várias secretarias, pastas que não trabalham em
uníssono com a pasta da Cultura...
Enorme prejuízo social, enorme
prejuízo educacional, enorme prejuízo econômico...Enorme prejuízo
político...
Aconteceram em Belford Roxo, diversas solenidades
públicas - como por exemplo a posse do Sec. Municipal de Cultura, o
carnaval, a assinatura de convênio com o governador Sérgio Cabral e
representante do BID, para reinício das obras no Município, entre outros
- que contaram com o comando e animação (da festa que se formou em
torno das solenidades com vistas a tornar a ação ecumênica) do Sr.
secretario Rômulo Costa e sua esposa Priscilla Nocett - sempre
acompanhados do bonde da Furacão 2000 - Hawaianos, os mulekes, perla e
demais contratados da empresa do secretário - Todos sabemos que quando
uma pasta é criada, sua dotação orçamentária só passa a existir após a
votação pelo Legislativo do orçamento do ano seguinte...
Tecla SAP: A
Secretaria Municipal de Cultura e Turismo então, existe e não existe,
pois não tem granaaaaaaa...Dahí...Entendemos a boa vontade do secretário
em trazer (não sei a que custo...se o do tapinha nas costas ou o de um
pagamento futuro...e em qualquer das modalidades há boa vontade da parte
do secretário/empresário) dando seu calor as solenidades...
Mas vejamos...
Será
que não caberiam nestas mesmas solenidades atrações e ações artísticas
locais também? Com o mesmo tapinha nas costas ou ainda com ou com a
promessa de pagamento de cachê futuro?
Será que nos eventos oficiais
não há realemnte a necessidade de se mostrar (aos pedaços que seja)
sempre um pequeno mosaico do que se produz em termos musicais, cênicos,
literários, audio visuais, plásticos, folclóricos e da cultura popular
locais?
É difícil esta missão de pensar?
È impossível esta ação de reconhecimento, preservação, gentileza e potencialização da cultura local?
Será
que os nossos não irão pensar, que cultura é apenas o funk e suas
modalidades e variações (e eu considero sim...e acima da minha
consideração e gosto é mesmo o funk cultura...a não ser que os conceitos
de cultura tenham sido modificados) ?
Será que os nossos artístas
vão ver ser perpetuado em mais um governo (e este prometeu ser a
diferença) a indiferença a sua existencia?
Secretário...Toca
funk...Mas toque também nossos corações e emoções e permita que seja
plural a cultura de nosso Município...Secretário sem soro, capilaridade e
porosidade...Nós todos vamos morrer asfixiados ...
Vereador ...
Sem dotação orçamentária, um Conselho de Cultura sério e comprometido
com o fazer cultural do Município, um corpo técnico capacitado a
enfrentar os editais dos governos federal e estadual, da iniciativa
privada e internacionais e ainda capazes de produzir eventos, gestar
projetos, aprovar e reconhecer e buscar com método a potencialização das
culturas locais em metódico diagnóstico...
Nossa cultura será suplantada
e nossos jovens perderão sua identidade...quando isso acontecer...Que
os Deuses nos acudam.
Laurinho...meu broder de muitas
lembranças...de algumas vibes impagáveis...E de uma atitude
absolutamente ímpar, solidária, inteligente, simpática e
responsável...Obrigado mais uma vez.
Amigo Slow, a sua gentileza é sempre impagável...Muito obrigado (este texto foi escrito direto no Blogg e com muita emoção, por hora observei algumas palavras mal digitadas outras erradas e ainda uma frase inteira descoxa...rsrs...emoção é emoção)...Sua emoção e talento me tornam seu fã e poder estar a sua presença fortalece os nossos laços...Abraços
ResponderExcluirSylvio Neto e Slow, muito bem colocado este texto. Belford Roxo, cidade filha de Nova Iguaçu mora em meu coração e em minhas lembranças de grandes eventos por aí. De grandes amigos como vcs dois, Roger Hitz, Helio La Carta, Dida, Paulo Silva Filho (saudoso poeta) entre tantos outros!! Parabéns Sylvio, parabéns Lauro Farias! Bravo Slow!
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