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1 de out. de 2011

ANTIZONA




Como a banda começou e como vocês escolheram esse nome?

ANTIZONA-Tudo começou numa festinha de rock caseira na Rua Joaquim Méier no bairro do Méier, zona norte do Rio de Janeiro, no final de 1996. Era apenas uma bateria e uma guitarra (Fabinho Teixeira). Formação tipo White Stripes. O som era tipo um rock progressivo misturado com hard core. Era uma doideira que muitos não conseguiam entender direito, mas já apontava uma diversificação sonora evidente para época. Aos poucos foram entrando os outros instrumentos. Primeiramente o baixo, depois o vocal (André Zovão) e finalmente o DJ (Fábio ACM). A formação atual conta ainda com o baixo de Renato Horacio e Wagner Nascimento, nosso novo baterista. O nome não tem nenhum significado. Ainda! Costumamos dizer que é um nome abstrato. Quem sabe um dia a gente consiga chegar num acordo. (risos)



Qual banda vocês gostariam de abrir o show?

ANTIZONA-No Brasil, seria fantástico abrir um show da Nação Zumbi. E na gringa, um show do Cavalera Conspiracy, Body Count, Beastie Boys, Deftones… Se fosse possível voltar no tempo e abrir um show do Jimmy Hendrix e dos Beatles. Vixe! Tem muitas bandas que curtimos.

Qual o foco atual de vocês? Em exatamente o que o ANTIZONA está focado nesse momento?

ANTIZONA-O foco é trabalho e mais trabalho. No momento estamos pré produzindo nosso próximo disco, ouvindo coisas novas, fazendo laboratórios em busca da qualidade, além de buscar parcerias com estúdios e produtoras. Hoje entendemos a importância de ter na equipe uma boa assessoria de imprensa. Fazer show em outras cidades e países atualmente faz parte das nossas metas. Também estamos divulgando nossas músicas e projetos pela internet. Hoje é mais fácil dar visibilidade ao nosso trabalho, através da internet, do que na época que começamos. Temos alguns projetos em andamento com mc`s cubanos, que sai do forno ainda este ano. Estivemos novamente em CUBA em maio, junto com nosso amigo mc Slow da BF (Esquadrão Zona Norte) e lá gravamos uma música, a “Ponha a Mão pra Cima” juntamente com o grupo Mano Armada e o mc Carlito Mucha Rima (Cuentas Claras) no estúdio Real 70. Essa música é um RAP e o beat foi produzido pelo DJ espanhol Maro-King. Foi uma experiência muito boa que em breve vai dar alguns frutos.

Dá um confere no som: http://www.youtube.com/watch?v=AP6--8kYylI

O que acham do cenário nacional ao todo? Tanto a cena independente quanto a mainstream.
ANTIZONA-O cenário independente está crescendo cada vez mais e isso é muito bom pra nós, já que sempre fomos independentes. Mas claro que existe o lado ruim de não ter um super contrato: ficar fora das chamadas "panelas promissoras", aqueles grupos que pelo fato de estar vinculados a alguma gravadora ou a um “master” empresário, acabam tendo mais oportunidades que os independentes. Acho que a falta de respeito com o músico ainda é muito grande no Brasil. E isso não é nenhuma novidade.


Nos falem um pouco sobre as influências da banda.

ANTIZONA-Ouvimos de tudo. The Beatles, Hendrix, Led Zeppelin, Sepultura, James Brown, Deftones, P.O.D, Limp Bizikt, Korn (primeiro e segundo disco), Soufly, Body Count, Beastie Boys, RATM, Nação Zumbi, Fela Kuti, Bob Marley, The Roots, Ministry, Sevendust, The Prodigy, Pixies, Sonic Youth, Lobão e atualmente muito rap cubano.


Percebe-se nas letras uma grande influência de Rage Against The Machine...

ANTIZONA-Desde o início a banda sempre teve uma preocupação com a questão social, de informar, denunciar e ao mesmo tempo mesclar isso com assuntos que não focassem somente estes temas. (Todos da banda compõem, mas atualmente o vocalista e o DJ é quem assumiram a maioria das composições). O RATM com certeza é uma das melhores bandas do mundo, pela presença, pela postura, pelo som e ponto.

Como funciona o trabalho de vocês em estúdio? Na hora de compor, gravar…

ANTIZONA-Hoje em dia o trabalho em estúdio está mais fácil. Antigamente, no tempo do ADAT, era complicado, tínhamos que desembolsar um bom dim dim pra gravar uma faixa. Hoje com o home-estúdio tudo mudou e está bem mais prático. O guitarra (Fabinho Teixeira) pode gravar uns riffes em casa, manda pro DJ (Fábio ACM) que compõe um beat, encaminha para o vocalista (André Zovão) criar uma letra e depois finalizamos toda a gravina num estúdio de boa qualidade pra gravar mixar e masterizar.

O ANTIZONA já fez cover de alguma outra banda?

ANTIZONA-O AZ já tocou alguns covers sim, sempre inserindo um peso a mais nos arranjos. A escolha das músicas sempre foi muito diversificada. Fizemos covers do RATM, Bullet In the Head, Killing In The Name e Bulls on Parade. Criamos versões pesadas de 300 picaretas e O Beco, dos Paralamas do Sucesso. Tocávamos também (isso bem no início) versões de Alice in Chains, Otus 500 dos Racionais Mc`s, Só Mais um Maluco do MV Bill, Bored do Deftones, It`s Automatic do Freestyle, essa última numa versão em ré, totalmente gritada e versões da Nação Zumbi, O Rappa e até Roberto Carlos.

Como vocês vêem o cenário New Metal no Rio de Janeiro? O que falta pra crescer mais ainda?

ANTIZONA-Nunca chegou a existir um “cenário” no RJ. Quem fez acontecer um pouco foi os que amam as distorções dessa sonoridade foda. A galera da baixada fluminense e da zona oeste organizam mais eventos de New Metal. No Rio hoje, não tem mais nada de new e sim de old. O Deftones começou a história no início dos anos 90, depois deles, vieram todas outras bandas de "new". O ANTIZONA assimilou mais a parte do New Metal que teve contribuições do Hip Hop, assim como outras bandas de rapcore ou rapmetal. Mas ainda há poucos espaços de rock no Rio. Se houvessem mais casas de shows e mais apoio de empresas, governos, rádios, com certeza surgiriam novas cenas musicais. E é claro que o New Metal estaria entre as principais.



“O Mar é Foda” Essa música fala de que? E como ela surgiu?

ANTIZONA-O Mar é Foda fala de auto-estima. De sempre se superar qualquer obstáculo à frente. O som surgiu naturalmente em um dos ensaios que aconteciam em um estúdio bem próximo a comunidade do Salgueiro, na Tijuca. Um grande amigo da banda, o DJ Machintal escreveu parte dessa letra. Só que na visão dele, a música seria um samba. Dá pra acreditar?

Deixem aqui um recado para seus fãs e leitores do NM4U!

ANTIZONA-Alôu, rapaziada" Independente do som, o respeito deve vir em primeiro lugar sempre. O AZ existe há quase 15 anos porque aprendemos a conviver com nossas diferenças e acreditamos demais no nosso trabalho. Esperamos que todos vocês continuem ligados no AZ, pois não vamos parar de compor, de tocar e de passar nossa visão sobre tudo que achamos de bom e de ruim. É isso! Música alimenta a alma e o rock é muito mais poderoso do que parece. O AZ surgiu na zona norte do RJ, mas pertence ao mundo.
Muito obrigado a todos que leram esta entrevista. E um grande obrigado ao NM4U pelo convite.

Tâmo junto!


Banda ANTIZONA
Mais informações sobre o ANTIZONA:
Reverbnation.com/antizona
Facebook.com/antizona
Twitter.com/antizona
www.bandaantizona.com

Contato para shows:
antizona.contato@gmail.com

DIRETO DO SITE MN4U

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