Música da Jamaica
As origens do MC no cenário musical atual, vem dos DJs da Jamaica ou que tocavam Músicas Jamaicanas (não confundir com o DJ do hip hop, que teve sua origem no seletor ou selectah da música jamaicana).A história dos registros do deejay jamaicano pode ser rastreada até a era do SKA, quando os homens que pegavam o microfone durante a dança podiam ocasionalmente ser ouvido em Vinil, gritando uma introdução e/ou lançando de repente seus bordões.
A voz do lendário Winston "Count" Machuki, por exemplo, pode ser ouvida no vinil do Baba Brooks "Alcatraz"
(link do som pra quem quiser ouvir)
Seu nome artístico Count Matchuki tem haver com seu hábito de mascar palitos. Primeramente ele trabalhou no Tom the Great Sebastian system e depois no Tokyo the Monarch system...
Começou sua carreira em 1950 como seletor do sistema de som Tom The Great Sebastian, na época que a música mais tocada na Jamaica era o R&B americano.Passou por outros sistemas de som até chegar ao Sir Coxs one Downbeat ligada a gravadora Studio 1, onde alcançou o ápice da sua carreira.
Coxs One Down Beat
Gravadora fundada por Clement “Coxsone” Dodd em 1963 conhecida como Motown Jamaicana, mas para falarmos do Studio One precisamos inicialmente falar de Sir“Coxsone”Dodd...
Jamaicano de nascido em 1932 migrou com o pais para o sul dos E.U.A., onde estes possuíam uma loja de discos, com isso Coxsone pegou gosto e conhecimento pela industria fonográfica,o principal ritmo negro na época era o R&B que estava se tornando popular também na Jamaica, para onde Coxsone voltou em 1954 e fundou uma das primeiras Sound Systems com grande potência (30.000 W) da Jamaica a “Sir Coxsone Downbeat” (Coxsone vem da sua grande habilidade no cricket onde seus amigos o comparavam à Alec Coxon, jogador do Yorkshire County Cricket Club) e ao lado (ou contra) da Sound System de Duke Reid dominavam a cena dos guetos de Kingston.
Essa disputa não era nada amigável e se embasava em músicas exclusivas que só eram tocadas por cada um deles, essa disputa se tornou tão acirrada que são relatados casos de jovens arruaceiros contratados somente para causar confusões em festas dos rivais, eles eram denominados “Dance hall Crashers”.
Machuki Começou repetindo chamadas para festas nas introduções das músicas e percebeu que as pessoas gostavam de um mestre de cerimônias, não feliz em só repetir as mesmas coisas Machuki começou a compor suas próprias falas, assim ganhando muitos admiradores.
Foi ele quem começou com os chamados peps, o famoso som vocal repetido diversas vezes acompanhando a batida da música, muito popular no ska. A pronuncia mais próxima seria algo como "Chika-a-took-Chika-a-took-Chika-a-took", bem notável em sua música "Movements".
Os peps criados por Count Machuki são as raízes do que nós conhecemos hoje como beat box.
No final dos anos 60, devido à pouco retorno financeiro ou reconhecimrnto pelo seu trabalho, ele abandona a indústria musical.
Ele aparece no documentário Deep Roots Music do final dos anos 70, junto com Sir Lord Comic.
Mesmo sendo tão importante na história da musica jamaicana Count Machuki nunca gravou um disco, possui apenas alguns sons gravados que são difíceis de se encontrar.
Ele introduziu King Stitt ao soundsystem de Coxsone Dodd e Stitt tomou a liderança como deejay quando Matchuki foi trabalhar com Prince Buster e quanto a Sir Lord Comic ?
Bom ele fez um impacto com duas batidas massivas que foram efetivamente creditadas em seu nome - "Ska-ing West" e "The Great Wuga Wuga ".
O papel do deejay neste momento, no entanto, ainda estava confinado à salões de dança durante o dia, incentivando os dançarinos e promovendo os sound systems nos quais foram aparecendo.
Devido a seu público ser formado por pessoas de baixa renda dos guetos jamaicanos, os deejays também divulgavam notícias que ouviam nas rádios, devido ao fato de que ter um rádio em casa era um privilégio de poucos freqüentadores dos salões de dança jamaicanos nessa época.
A década de 70 marcou o início da ascensão do DJ jamaicano, uma tendência que continuou durante a era do roots e tornou-se dominante em toda a fase dance hall e ragga...
Vários dos mais talentosos DJs que se teve notícia no início dos anos 1970 (notadamente Big Youth, Dillinger, U Roy e Prince Jazzbo) continuaram a fazer gravações na era do reggae roots, alguns para as seus próprios selos.
Eles e os seus numerosos rivais da próxima geração já não simplesmente adicionavam à emoção da dança com slogans: o deejay nessa época faziam comentários sobre as tribulações dos "sofredores" dos guetos, aulas de História a partir de uma perspectiva do negro e o canto dos salmos.
A aproximação com a cultura hip hop original é máxima!!!!
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