Havana,18 jul (Prensa Latina)
Quase 70 artistas do Canadá, Estados Unidos, Haiti, Colômbia, França e Cuba assistem desde hoje aqui ao Simpósio Internacional de Hip Hop, que será realizada até próximo domingo 21.
Considerado um encontro teórico de maior envergadura para os cultores deste pujante movimento na ilha, participam, entre outros, os canadenses Lou Piensa e Vox Sambou; os haitianos Mackend, Elli Manboungou e Enide Edouarin e os cubanos Inay Rodríguez Agramonte e Orlando Ochoa Méndez.
O foro dará abrigo a numerosos expoentes das quatro manifestações artísticas da cultura hip hop: rap, breakdance, DJ e graffiti.
Segundo o programado funcionarão oficinas orientados a promover os valores fundacionais desta expressão cultural, debater sobre as problemáticas que impedem uma maior projeção de suas cultores e encontrar estratégias para que as mulheres desempenhem um papel mais protagônico no movimento.
Este último aspecto tem constituído um dos principais reclamos das raperas nas diferentes edições do encontro .
Nos dias teóricos sobressaem as oficinas de breakdance, gênero e expressão corporal, que serão dados pelo professor e coreógrafo francês, Jeison Touzeau, a psicólogaÂá Sandra Álvarez, diretora da revista Movimento, e a atriz de teatro Lourdes Suárez, diretora do Projeto Espelho, respectivamente.
Também serão exibidos os documentários Experiência de vida e Cicatrizes de ouro que recolhem, desde diferentes visões cinematográficas, o labor realizado nas comunidades pelos ativistas e cultores do hip hop.
As noites serão reservadas aos concertos no capitalino cinema Riviera, por cujos palcos passarão bandas locais como Obssessão, Anônimo Conselho e Rota 11, Golpe Seko e As Positivas, Acampamento Subterrâneo e Causa Justa.
Da cena internacional atuarão o grupo estadunidense Intikana e os colombianosÂá Luzia Vargas e JaisonÂá Alexander, entre outros.
Fundado em 2005 pelo já desaparecido projeto A Fábrica, integrado pelas bandas Obsesión, Hermanazos e a atriz de teatro Lourdes Suárez, o Simpósio tem atingido relevância internacional pela profundidade de seus debates, seu marcado interesse em promover os preceitos fundacionais desta cultura e a vocação social de seus participantes.
Em suas anteriores edições têm participado artistas de quase todas as províncias do país e vários dos principais grupos que defendem com critério próprio a bandeira do hip hop na ilha, como Duplo Fio, Anônimo Conselho, Hermanazos, Obsesión, Irmãos de Causa, e os Mcs( Maestros de Cerimônias)Âá Papa Humbertico e Danay Suárez.
A diferença de muitas partes da órbita, o hip hop em Cuba toma distância dos patrões de consumo da indústria cultural e mantém os princípios de fraternidade e de resistência existentes em suas origens, algo que é reconhecido por muitos de seus principais expoentes na esfera internacional.
Esta cultura nasceu na década do 60 do século passado, nos bairros afro-americanos dos Estados Unidos, como mecanismo de reafirmação da identidade cultural de seus habitantes e de resistência contra a segregação racial.
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