O bombeiro Ronnie de Macedo, de 22 anos, que foi uma das primeiras pessoas a chegar à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, disse que encontrou um cenário de chacina no local do tiroteio, na manhã desta quinta-feira. Segundo ele, o assassino, que ainda não foi identificado, começou a atirar nas crianças antes mesmo de entrar na escola, na Rua Pirajara.
Em seguida, entrou na escola e seguiu atirando nos alunos. Ele só teria parado de atirar após a chegada da polícia. O homem morreu na troca de tiros com os policiais que chegaram ao local para atender a ocorrência. O bombeiro disse que pegou um menino no colo, que foi atingido na cabeça, e o levou a uma viatura do Corpo de Bombeiros.
Moradores da região contam que os tiros começaram por volta das 8h30m. Segundo testemunhas, depois dos tiros, muitas crianças correram para sair da escola. O local do tiroteio está isolado. Neste momento, a polícia se prepara para retirar o corpo do assassino. O prefeito Eduardo Paes acaba de chegar ao local.
Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, identificado pela polícia como o autor do massacre na Escola Municipal Tasso de Silveira, em Realengo, estava com uma carta suicida, que falava sobre islamismo e terrorismo. O assunto interessava o assassino, que estudou na escola.
Filho adotivo, ele saiu da casa onde morava com a irmã há oito meses e se mudou para Sepetiba. Em entrevista à rádio BandNews, a irmã Rosilane, de 49 anos, disse que Wellington era uma pessoa reservada e que não tinha amigos.
- Ele não saía na rua. Só vivia na frente do computador. Era uma pessoa muito estranha. Só falava de negócio de muçulmano... Essas coisas assim.
Quando viu o irmão adotivo pela última vez, no fim do ano passado, ela disse que ele estava com a barba grande. Segundo ela, o irmão estudava práticas terroristas pela internet.
Wellington teria entrado no colégio como palestrante e começou a atirar, segundo testemunhas. Bem vestido, ele não despertou suspeitas de professores e funcionários. O assassino estava com dois revólveres calibre 38 e uma carta suicida.
Segundo a polícia, ele atirou na própria cabeça depois de balear as crianças dentro da escola.
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