Progresso ou Caos?
Ilustração: "Caos Urbano" de Glauber Shimabukuro |
Temos edifícios mais altos, mas temperamentos mais curtos;
rodovias mais amplas, mas pontos de vista mais estreitos;
gastamos mais, porém temos menos; compramos mais, contudo desfrutamos menos.
Temos casas maiores e famílias menores; mais comodidades e menos tempo;
Temos casas maiores e famílias menores; mais comodidades e menos tempo;
mais títulos e menos bom senso;
mais conhecimento e menos discernimento; mais especialistas e mais problemas;
mais remédios e menos saúde.
Gastamos muito, rimos pouco,
Gastamos muito, rimos pouco,
dirigimos velozmente, ficamos nervosos com muita rapidez, ficamos acordados até tarde, levantamo-nos muito cansados, lemos raramente, assistimos muita TV e oramos muito pouco.
Temos multiplicado as nossas posses, mas reduzimos nossos valores.
Temos multiplicado as nossas posses, mas reduzimos nossos valores.
Falamos muito, amamos raramente e mentimos com muita freqüência.
Aprendemos como ganhar dinheiro, mas não uma vida;
Aprendemos como ganhar dinheiro, mas não uma vida;
acrescentamos mais anos à nossa vida, mas menos vida aos nossos anos.
Fomos à lua e voltamos, mas temos dificuldade de atravessar a rua para conhecer o novo vizinho.
Temos conquistado o espaço exterior, mas não o espaço interior;
Temos conquistado o espaço exterior, mas não o espaço interior;
fazemos coisas maiores, mas não coisas melhores;
purificamos o ar, mas poluímos a alma; dividimos o átomo, mas não os nossos preconceitos;
escrevemos mais, porém aprendemos menos;
planejamos mais, contudo realizamos menos.
Aprendemos a correr, mas não a esperar; temos renda mais alta, porém moral mais baixa;
Aprendemos a correr, mas não a esperar; temos renda mais alta, porém moral mais baixa;
mais alimentos, porém menos satisfação; mais relacionamentos, mas poucos amigos; mais esforços, porém menos sucesso.
Fazemos mais computadores para armazenar informações, para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação; crescemos em quantidade, mas não em qualidade.
Estes são tempos de refeições rápidas, mas de digestão lenta;
Fazemos mais computadores para armazenar informações, para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação; crescemos em quantidade, mas não em qualidade.
Estes são tempos de refeições rápidas, mas de digestão lenta;
de homens altos e caracteres pequenos;
de lucros excessivos e relacionamentos superficiais.
Estes são tempos de paz mundial, mas de guerras domésticas;
de mais lazer e menos diversão;
de mais tipos de alimentos, porém de menos nutrição.
Estes são dias de rendas duplas, porém de mais divórcios;
Estes são dias de rendas duplas, porém de mais divórcios;
de casas mais suntuosas, porém de lares divididos.
Estes são dias de viagens rápidas, de fraldas descartáveis, de moralidade rejeitável, sexo de uma noite, corpos obesos e pílulas que fazem tudo, desde alegrar e tranquilizar até matar.
Este é um tempo em que há muito na vitrine e nada no depósito.
Estes são dias de viagens rápidas, de fraldas descartáveis, de moralidade rejeitável, sexo de uma noite, corpos obesos e pílulas que fazem tudo, desde alegrar e tranquilizar até matar.
Este é um tempo em que há muito na vitrine e nada no depósito.
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