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21 de mar. de 2011

Progresso ou Caos?


Progresso ou Caos?

Ilustração: "Caos Urbano" de Glauber Shimabukuro





Temos edifícios mais altos, mas temperamentos mais curtos; 
rodovias mais amplas, mas pontos de vista mais estreitos; 
gastamos mais, porém temos menos; compramos mais, contudo desfrutamos menos.


Temos casas maiores e famílias menores; mais comodidades e menos tempo; 
mais títulos e menos bom senso; 
mais conhecimento e menos discernimento; mais especialistas e mais problemas; 
mais remédios e menos saúde.



Gastamos muito, rimos pouco, 
dirigimos velozmente, ficamos nervosos com muita rapidez, ficamos acordados até tarde, levantamo-nos muito cansados, lemos raramente, assistimos muita TV e oramos muito pouco.




Temos multiplicado as nossas posses, mas reduzimos nossos valores. 
Falamos muito, amamos raramente e mentimos com muita freqüência.


Aprendemos como ganhar dinheiro, mas não uma vida; 
acrescentamos mais anos à nossa vida, mas menos vida aos nossos anos. 
Fomos à lua e voltamos, mas temos dificuldade de atravessar a rua para conhecer o novo vizinho.




Temos conquistado o espaço exterior, mas não o espaço interior; 
fazemos coisas maiores, mas não coisas melhores; 
purificamos o ar, mas poluímos a alma; dividimos o átomo, mas não os nossos preconceitos; 
escrevemos mais, porém aprendemos menos; 
planejamos mais, contudo realizamos menos.


Aprendemos a correr, mas não a esperar; temos renda mais alta, porém moral mais baixa; 
mais alimentos, porém menos satisfação; mais relacionamentos, mas poucos amigos; mais esforços, porém menos sucesso.




Fazemos mais computadores para armazenar informações, para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação; crescemos em quantidade, mas não em qualidade.




Estes são tempos de refeições rápidas, mas de digestão lenta; 
de homens altos e caracteres pequenos; 
de lucros excessivos e relacionamentos superficiais. 
Estes são tempos de paz mundial, mas de guerras domésticas; 
de mais lazer e menos diversão; 
de mais tipos de alimentos, porém de menos nutrição.


Estes são dias de rendas duplas, porém de mais divórcios; 
de casas mais suntuosas, porém de lares divididos.




Estes são dias de viagens rápidas, de fraldas descartáveis, de moralidade rejeitável, sexo de uma noite, corpos obesos e pílulas que fazem tudo, desde alegrar e tranquilizar até matar.

Este é um tempo em que há muito na vitrine e nada no depósito.

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