Queremos a democratização e descentralização dos traçantes regionais pros médios e altos. A burguesia folclórica, que curte um tiroteio, tem que ter história pra contar.
É inaceitavel que só as zonas norte e oeste e a BF tenham acesso a esse bem cultural.
Dar tiro é arte pra quem ouve e vê. Eu, particularmente, gosto de bombas e tanques. Fuzis e metralhadoras. Sangue seco escorrendo pelo chão. Uma risada diabólica fazendo o refrão. Foice.
Agora diz pra mim, que cidadão nascido e criado em Ipanema teve o prazer de ter sua alma vomitada por uma rajada de AK-47 no meio de um bloco carnavalesco? Boom! E que criança já teve seu big barraca (mac) arrancado das mãos dos homens de preto?
Silêncio profundo sendo perseguido pelas batidas fortes do coração.
Sacudindo a espinha, queremos compartilhar essa parada com os desprovidos de informação.
Exijo que o caveirão destrua as caixas de som da Baronneti e jogue gás de pimenta nos mauricinhos que frequentam o Empório. Que as UPPs ocupem o Alto Leblon e que os maconheiros do posto 9 tomem tapa na cara por conta de um baseado. Que o baixo Gávea seja reprimido pelo choque de ordem e que o parque Garota de Ipanema vire reduto dos crackeados.
Que no pedal overdrive, meu fuzil não ganhe flores cor de rosas do último enterro. E que, marcando o ritmo, a Glock 9mm não ecoe longe feito ensaios de segunda à tarde na beira do valão.
Quero ver granada na Vieira Souto e desfile de mortos na Avenida Atlântica.
Queremos igualdade.
E não tem nada melhor do que dividir nossas experiências bebendo água de coco.
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