"Fim - Notas sobre os Últimos Dias do Império Americano"
Eu to lendo famigeradamente esse livro ai de riba e quando pergunto pras pessoas se conheçem esse livro ou esse cara muitos dizem assim:
"Convocamos o povo do México a restituir o princípio de justiça, para por fim à impunidade e castigar os responsáveis do modelo neoliberal da guerra suja, passada e presente"
As subtramas falam contra engenharia genética e intolerância racial, entre outros temas que, hoje, ligamos aos protestos como os vistos em Gênova a partir da última sexta, paralelamente ao encontro do G-8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia).
Qualidades divinatórias, como sugere o material promocional da editora brasileira?
"A primeira edição de "Fim" saiu em janeiro de 94, duas semanas depois do levante zapatista em Chiapas. Eu não sabia sobre o Exército Zapatista de Libertação Nacional, apesar de que, tendo estudado história e sociedade mexicanas, achava que algo assim inevitavelmente aconteceria", diz.
"Eu não me considero um "profeta" das mudanças que ocorreram a partir de 94 nem dos movimentos antiglobalização -e espero que ninguém me veja assim. Fico feliz por ver que o livro foi sensível sobre o que viria, mas qualquer um que observe a história e a atualidade atentamente poderia fazer tais predições."
Pra quem nun conheçe a sigla:
O Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), em espanhol Ejército Zapatista de Liberación Nacional, é uma organização armada mexicana de caráter político-militar e composição majoritariamente indígena.
Eu to lendo famigeradamente esse livro ai de riba e quando pergunto pras pessoas se conheçem esse livro ou esse cara muitos dizem assim:
"Não, não o conheco".
E se buscar na internet pelo G.A. Matiasz que assina o livro , vai achar ocorrências em sites de livrarias ou em listas de preferidos de entidades políticas e universidades. Só.
Já se buscar por "Lefty" Hooligan, como o mesmo escritor firma artigos para a revista punk "Maximum Rock'n'Roll", encontra verborrágicas colunas contra o establishment, como as do site do autor (www.huahuacoyotl.com).
O que você não vai achar é o técnico em computação de uma editora da Califórnia, costa oeste dos EUA, que trabalha das 9h às 17h.
Este é George Anthony Matiasz, cidadão norte-americano nascido na Alemanha em 1952, formado em história. E que, nas horas vagas, escreve os textos políticos citados no parágrafo acima e caminha para lançar seu segundo livro.
O que esse caso de "múltipla personalidade" tem de mais curioso é que suas "notas do apocalise" (subtítulo original de "Fim") descrevem um ambiente de tensão muito semelhante ao dos protestos antiglobalização que o mundo presencia desde a conferência da Organização Mundial do Comércio em Seattle, em 1999.
Com um detalhe: "Fim" foi publicado pela primeira vez em 94, em edição independente, e relançado em 96, pela AK Press, especializada em temas marginais.
Num rápido resumo, a ação principal do livro, situada em 2007, fala sobre a organização de estudantes contra a intervenção militar dos EUA no sul do México para combater a guerrilha de Chiapas. A pressão popular aumenta até transformar-se em verdadeiras batalhas de rua, com os estudantes lutando para forçar a paz no país vizinho.
Já se buscar por "Lefty" Hooligan, como o mesmo escritor firma artigos para a revista punk "Maximum Rock'n'Roll", encontra verborrágicas colunas contra o establishment, como as do site do autor (www.huahuacoyotl.com).
O que você não vai achar é o técnico em computação de uma editora da Califórnia, costa oeste dos EUA, que trabalha das 9h às 17h.
Este é George Anthony Matiasz, cidadão norte-americano nascido na Alemanha em 1952, formado em história. E que, nas horas vagas, escreve os textos políticos citados no parágrafo acima e caminha para lançar seu segundo livro.
O que esse caso de "múltipla personalidade" tem de mais curioso é que suas "notas do apocalise" (subtítulo original de "Fim") descrevem um ambiente de tensão muito semelhante ao dos protestos antiglobalização que o mundo presencia desde a conferência da Organização Mundial do Comércio em Seattle, em 1999.
Com um detalhe: "Fim" foi publicado pela primeira vez em 94, em edição independente, e relançado em 96, pela AK Press, especializada em temas marginais.
Num rápido resumo, a ação principal do livro, situada em 2007, fala sobre a organização de estudantes contra a intervenção militar dos EUA no sul do México para combater a guerrilha de Chiapas. A pressão popular aumenta até transformar-se em verdadeiras batalhas de rua, com os estudantes lutando para forçar a paz no país vizinho.
O livro é um envolvente thriller político e, ao mesmo tempo, uma profunda análise a respeito da juventude que foi às ruas em Seattle (e depois em Praga, Washington, Bologna) para barrar a OMC e o FMI e mudar a história do nosso tempo.
A história se passa em 2007, quando o governo norte-americano entra em guerra aberta contra os Zapatistas do México.
"Convocamos o povo do México a restituir o princípio de justiça, para por fim à impunidade e castigar os responsáveis do modelo neoliberal da guerra suja, passada e presente"
As subtramas falam contra engenharia genética e intolerância racial, entre outros temas que, hoje, ligamos aos protestos como os vistos em Gênova a partir da última sexta, paralelamente ao encontro do G-8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia).
Qualidades divinatórias, como sugere o material promocional da editora brasileira?
Não, responde Matiasz, em entrevista por e-mail...
"A primeira edição de "Fim" saiu em janeiro de 94, duas semanas depois do levante zapatista em Chiapas. Eu não sabia sobre o Exército Zapatista de Libertação Nacional, apesar de que, tendo estudado história e sociedade mexicanas, achava que algo assim inevitavelmente aconteceria", diz.
"Eu não me considero um "profeta" das mudanças que ocorreram a partir de 94 nem dos movimentos antiglobalização -e espero que ninguém me veja assim. Fico feliz por ver que o livro foi sensível sobre o que viria, mas qualquer um que observe a história e a atualidade atentamente poderia fazer tais predições."
Achei essa parada dele na net agora ...
Pra quem nun conheçe a sigla:
O Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), em espanhol Ejército Zapatista de Liberación Nacional, é uma organização armada mexicana de caráter político-militar e composição majoritariamente indígena.
Sua inspiração política política principal é o Anarcossindicalismo, corrente principal de Zapata e sua estratégia militar é a guerrilha. Seu objetivo é "subverter a ordem para fazer a revolução socialista e criar uma sociedade mais justa"
Este é um dos melhores livros que ja li.
ResponderExcluir@nascimentod