O cineclube mate com angú comemorou 8 anos de existencia e o mundo ficou mais feliz...
Aqui pela Baixada Fluminense a magia dos cineclubes estão rondando nossas cabeças feito fada sininho e isso já tem um bom tempo...
A alegria contagioante da sessão passada, foi inesquecivelmente impressionante e todo mundo parecia estar flutuando em slow motion em 4000 frames por milésimo de segundo ao cubo...
Uma boa parte dos matianos de plantão na foto acima...
E ainda tinha essa coisa do sete, número cabalístico danado... Notas musicais, arco-íris, sete vidas, sete desejos, sete pecados, sete chacras... Sete anos!
Agora chegou o 8 , número infinito de coisas perfeitas redondas e corretas , oito compassos , 8 frases...
Some-se a isso, esse desconforto de ver o mundo cada vez mais plástico, fast-food, tapinha-nas-costas, o reinado do discurso vazio, da conversa fiada, da hipocrisia e da pelassacudice do mundo de Caras.
E de repente, lembramos de “A melhor coisa que você pode fazer por uma pessoa é inspirá-la”, frase de Bob Dylan que durante anos sintetizou o sentimento do que era para nós fazer cineclube na sua raiz.
Inspiração, palavra bonita e envolvente, sensação de fazer algo sincero de verdade em meio à confusão de sentidos e à superficialidade das respostas prontas, vendidas como a solução para todos os seus problemas.
Daí começou a nascer um conceito; uma homenagem a velhos bruxos, inspiradores, gente que nos toca o coração e faz cosquinhas na alma e no cérebro. Alquimistas! Sim, eles existem e existiram em todas as épocas!
Com isso, veio forte o sentimento de paixão e gratidão por figuras que mexem com as entranhas de cada um de nós. Jimi Hendrix, Pixinguinha, Sabotage... Emma Goldman, Nise da Silveira, Pagu... Mussum, Bob Marley, Luther King, Raul Seixas, Humberto Eco, Mário Schenberg, Edgar Allan Poe... Lima Barreto, Rogério Sganzerla, Milton Santos, Glauber Rocha, Chiquinha Gonzaga, Helio Oiticica, Janis Joplin e todos nós...
Busco outras lógicas,somos um cineclube caótico cujo lema número 1 é oculto aos não iniciados, mas que pode ser traduzido como: “Que seja divertido!’”
Alquimia!
O Mate Com Angu é um terreiro sintetizador, ao mesmo tempo atávico e cibernético, tocado ao som caliente e sacolejante de tambores imemoriais e guitarras carregadas no pedal overdrive. O Mate é uma fogueira na savana de tempos longínquos, tribos reunidas em comunhão subversiva, onde contar histórias e compatilhar os sonhos eram o Cinema-Verdade.
O Mate conspira, co+inspira, inspira junto, respira fundo, pira junto, piratas em busca de tesouros dançantes.
Hakim Bey
Levante! Puxando a barba do velho Hakim Bey e sacaneando as verdades estabelecidas, estamos aí pra zoar o plantão da normalidade. Os Velhos Bruxos estão por aí e esse espólio é nosso!
Viva o Cinema! Viva o Cineclubismo! Tião Forever!
Abraços festivos,
Cineclube Mate Com Angu
8 anos parindo estrelas bailarinas
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