A obsoleta e frágil densidade que hoje me toma permite que eu escreva palavras claras e doces, como diria meu marido.
Selei um pacto com meu olhos no qual mudo meu ângulo de visão quando necessário.
Com a prática, um anel ao contrário torna-se aliança, palavras aleatórias são postadas, mingau de aveia vira ambrosia e dormir sozinha numa cama de casal ouvindo no mp4 a voz do único amor parece absurdamente plausível.
Mas a sensação angustiante de um nada que me falta ainda persiste.
A possibilidade de vagar naquilo que não há e sonhar enquanto borboletas azuis me carregam até meu amado é um desejo já entranhado.
Espero que o chá de desaniversário amanhã esteja morno e o frio do medo líquido de Bauman esteja menos fluido.
Por fim, a natureza humana continua a surpreender, positivamente ou não, através de telefonemas apaixonados madrugada adentro ou da consciência do ser por vezes ignorada.
Acredito que Luiz e eu constituimos uma identidade juntos em meio a tantas insanidades separadas.
E isso nos permite ir além das calamidades...
Ademais continuo a ouvir a valsa de Amélie Poulain...
OBS: Quanto à Verka, pintura de Philip, já citada neste blog, gostaria apenas de confirmar o quanto fiquei impressionada com uma beleza tão realista e quase palpável ...
Recomendável para admiradores e não-admiradores.
PSIQUÉ
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