Central do Brasil, pessoas indo para o trabalho ou qualquer outro lugar, vivendo suas vidas...
Na estação, uma briga se inicia. Cerca de quatro homens começam a se agredir. Meu coração acelera e saio dali depressa rezando pra que tudo acabe logo e...pasmem! Várias pessoas começam a se aproximar da maneira mais bizarra que se pode imaginar.
Todos observam...como quem admira a desgraça.
Bom, sabemos que essa atitude não constitui um mal da atualidade apenas.
Roma antiga: a diversão eram os gladiadores num coliseu de sangue e gargalhadas.
Idade Média: a Santa Inquisição... enforcamentos e fogueiras, em nome de Jesus.
Brasil: pessoas sendo açoitadas no tronco.
E incontáveis outras cenas mórbidas. Mas a principal, para mim, ocorreu
há dois mil anos...
Jesus Cristo, rei dos reis, sendo crucificado e pedindo misericórdia por nós.
E, desde sempre, o ser humano (ou a maioria, sendo politicamente correta) olha... faz círculos em volta da dor alheia e observa...só pra ver o sofrimento, a angústia... torna-se desumano numa atitude tão animalesca...e cada vez mais se aproxima da bestialidade interior onde se mostra o verdadeiro retrato, assim como Dorian Gray...a alma monstruosa surge do invisível e não há mais como ocultar a feiúra do ser que, regredindo, se destrói e consome a si próprio.
Mas isso não importa...o que importa para nossa existência é saber quem é o líder da semana no Big Brother...
E continuamos regredindo...
por : PSIQUÉ
Psiqué,
ResponderExcluirPois é, que desagradável saber que é assim mesmo, as pessoas sentem prazer com esse circo de horrores da violência.
Achei tão bonitinho você saindo de cena rezando. Eu também faria o mesmo!
Temos que rezar também por aqueles que ficaram assistindo, talvez esses precisem tanto ou mais de oração do que os que iniciaram a briga. Apreciar a discórdia alheia é tão tristemente do mal...