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2 de jul. de 2009

sereias , frígidas e Rimbauld



As sereias estavam em greve de beleza
e os reis esperavam sua morte verde clara.
Os Deuses se feriram na sua franqueza
e a Venus tinha a fala mais felina e rara.
Dos caminhos que não sei medir por minha destreza
eu me perco e me acho , tenho um mapa na cara
ser plebeu em plena plenitude da realeza
é ferida que sangra e nunca mais sara...
Sou eu mesmo tentando não ser...
Sou eu mesmo criatura mutante parada...
Areias movediças das palavras não vão me deter!
A sereia esta velha e nao mais sarada,
A Venus está frígida e não mais sarada...
Sou seu espelho quebrado querendo se refazer

Na índia viviam três princesas sereias:
Se, Re e Ia.
Hoje de manhã, Se acordou e chamou susurrando a Re para preparar o café:
Se diz:
- Por que temos que fazer o café ?
Re diz:
- Porque é niver da Ia e vamos levar corais doces,bolo de algas, refripolvos, paodeló de caldas e brigadeialgas e fazer aquela farra.
Mas Ia não parava de chorar lembrando da morte de Farra...E não houve farra...



No Zimbábue, uma mulher testemunhou que realmente pagou um cantor local que ia viajar para Londres para levar com ele cinco "sereias", para que elas pudessem ajudá-la em seu julgamento por roubo de carros e milhões de dólares de zimbábue (milhares de reais). A pessoa que a aconselhou a fazer isso disse que ela não poderia ver as sereias porque "apenas médiuns poderiam fazê-lo". É uma pena que ainda tenham pessoas que se prestem a fazer algo assim para enganar ao próximo. É claro que sereias não existem. Pelo menos as palpáveis (isso para ser bonzinho, pois também não existem sereias impalpáveis). E, mesmo que existam as não palpáveis e visíveis, eu pergunto: "Porque é que um espírito iria precisar de uma viagem de avião para ir de um país para o outro?



É triste, mas verdadeiro: a grande maioria das pessoas passa por esta vida imersa na multidão, cumprindo prazos, pagando contas, morrendo de medo do futuro e idealizando um passado remoto que é na maioria das vezes uma montoeira de seqüelas. Outros (poucos, loucos e raros) desafiam, desafinam este coro de contentes descontentes. Jean Arthur Rimbaud no séc XIX , entre outras almas solitárias e radicais, chegou na beira do abismo e resolveram experimentar que gosto tinha o pulo.

2 comentários:

  1. Oi, amigo, adorei as 5 sereias que embarcariam no avião...rs Parabéns!
    lygiaaguiar

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  2. Ví você no mural do recanto e vim conferir! Interessante o desafio a si mesmo, rs... Bem bacana seu estilo!

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