enquanto a tempestade não vem...

duas tempestades presas em esferas quadradas estavam jogadas nas masmorras onde as abóboras horríveis das barcaças antigas dormiam...
duas antigas masmorras esféricas guardavam horríveis tempestades de abóboras nas barcaças quadradas
e o mundo me pede calma , como se eu não fosse calmo o suficiente para ser mais nervoso na calmaria reinante no quartel de Abrantes.
meu semblante triste é apenas um out-door desbotado na transamazonica interditada pelo sol ofuscante que levou feito pororoca as trevas do meu dia ...
como saber que o que é real é falso , se na esfera quadrada as abóboras permanecem horríveis , jogadas na masmorras antigas , de onde eu e elas só fugimos , pelas barcaças que cruzam a transamazonica com toda calma do mundo?
quero mais da vida que out-door desbotado...quero ser mais que o desbotamento dos minutos de espera ...
espero ainda , calmamente que a fúria da tempestade seja só o movimento de uma colher de plástico rosa , nas mãos de um bebe gigante.

slow e pablo (chile 2009)

viva chichichi-lelele