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18 de jun. de 2009

jabutis e panturrilhas

Estou tentando baixar o disco do Rakim o the 18 letter mas a net está muito pouco colaborativa hoje e olha que não estou em São João de Mentirinha e nem em Duque de las Caixas não , estou em Padre Miguel en la casa de mi padre...

Achava que a net era lenta só na minha grandiosa cidade mas não é não...
Bom... enquanto eu vou digitando o cd do cara está baixando lentamente e eu vou lentamente curando as dores nos pés e nas panturrilhas e pensando que amanhã (daqui a pouco ) estarei caminhando por BanguTexasCity , o bairro mais quente do RJ, em todos os quesitos julgavéis pelas mentes humanas e enquanto escrevo ouço o Tom Cavalcante fazendo as suas piadas bemm sem gragra e lendo o livro (cabeça de homem) de um poeta genial :Armando Freitas Filho...

Vou escrever um poema que eu adorei:

Durmo ferrado
não deixando bilhetes.
contra-sonhos se amontoam
o céu não me dissolve
no salão escuro
onde os espelhos perderam
toda a água
e se fixaram , sem reflexos
entre vidro e ferro

Vida sem dúvida , de chumbo
que a respiração automatica
em animação suspensa
sustenta indiferente
ao nível do mar
na linha do horizonte
em cima da terra
apagada de todo
inteiramente descoberta
e pronta para nada.

Armando Freitas Filho nasceu no Rio de Janeiro, no dia 18 de fevereiro de 1940. É considerado um dos principais expoentes da poesia contemporânea brasileira.Em 1986, ganhou o Prêmio Jabuti de poesia com o livro 3x4, publicado pela Editora Nova Fronteira, que também lançou À mão livre, Longa vida, De cor,Números anônimos e Duplo cego.

E assim vamos por ai na velocidade do jabuti tentando rir com dor
querendo ir dormir pensando no amor...

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